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Defesa teve tempo para "ler tudo" do mensalão, diz Luiz Fux

Relator do processo, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, negou, em decisão individual, todos os pedidos de adiamento feitos até agora

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 16h38.

Rio - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux disse nesta segunda-feira, no Rio, que os advogados de defesa no processo do mensalão tiveram tempo para "ler tudo" e ver todos os vídeos sobre as decisões que condenaram 25 dos 37 réus e que, "em princípio", não é necessário levar ao plenário os pedidos de ampliação do prazo para recursos de cinco para 15 ou 20 dias depois da publicação do acórdão.

Relator do processo, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, negou, em decisão individual, todos os pedidos de adiamento feitos até agora.

Os advogados argumentam que não terão tempo para ler mais de dez mil páginas do "Diário Oficial" com os votos de todos os ministros.

Na semana passada o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, advogado do ex-executivo do Banco Rural José Roberto Salgado, enviou pedido ao vice-presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo, para que seja levada ao plenário a discussão sobre prorrogação dos prazos de recurso.

"Em um primeiro momento, acho que o relator tem plena capacidade de resolver isso. Mas, se for para o colegiado, vamos decidir", afirmou Fux.

"O mérito já levou seis meses, acompanhado diuturnamente, todo mundo gravou tudo. Tem gente que não participou e tem tudo gravado, dia a dia. Acho até que ler tudo de novo agora iria contra a própria capacidade dos advogados, que, evidentemente, não esperaram acabar tudo para ler. Presume-se que, pelo gabarito deles, eles leram tudo", disse o ministro, que participou da abertura de um seminário sobre propriedade intelectual.

De acordo com Fux, é possível que o processo se estenda até o segundo semestre.

"A demora maior já passou. Não sei se (o processo termina) no primeiro semestre. Só se houver uma decisão de parar tudo (análises de outros casos) e uma dedicação (exclusiva ao mensalão), mas o Supremo não está em condições de parar tudo", afirmou.

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