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Defesa simula controle de incidentes químicos para os Jogos

O “Exercício de Evacuação Aeromédica para os Jogos Olímpicos Rio 2016” faz parte da simulação de um incidente químico


	Rio 2016: participam do teste militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, além de agentes do Ministério da Saúde, bombeiros e policiais militares
 (Ricardo Moraes / Reuters)

Rio 2016: participam do teste militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, além de agentes do Ministério da Saúde, bombeiros e policiais militares (Ricardo Moraes / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2016 às 14h47.

O Ministério da Defesa realizou na manhã de hoje (27), na Base Aérea dos Afonsos, zona oeste do Rio, uma atividade prática para testar protocolos que poderão ser utilizados em caso de contaminação química, biológica, radiológica ou nuclear durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

O “Exercício de Evacuação Aeromédica para os Jogos Olímpicos Rio 2016”  faz parte da simulação de um incidente químico. Participam do teste militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, além de agentes do Ministério da Saúde, bombeiros e policiais militares.

O major Gava, da Força Aérea Brasileira (FAB), destacou a importância de vários setores envolvidos na segurança do evento trabalharem em conjunto.

“A gente já tem essa relação próxima e de trabalho em conjunto há anos. Isso vem se intensificando com os Jogos Olímpicos, onde buscamos interagenciar e coordenar as ações entre todos os órgãos participantes. Cada um faz aquilo que sabe, mas sempre buscando a excelência no atendimento e na segurança”, disse o militar.

De acordo com o capitão do Exército Hartuiq, o produto utilizado durante a simulação foi um composto químico chamado Levisita, que, ao entrar em contato com a pele, ocasiona bolhas e sensação de pequenas agulhadas.

“Após quatro horas essas reações começam a se intensificar, podendo ocasionar até uma parada cardiorrespiratória. O cheiro do produto é semelhante aos de tempero de comida, como caldo de galinha, alho, mostarda etc. Isso faz com que acabe passando desapercebido entre os leigos”, esclareceu.

O capitão Hartuiq acrescentou que, em alguns casos, atentados terroristas não são necessariamente para matar, mas para disseminar o terror.

“Por isso, é importante simularmos essas coisas. Se o foco for causar a morte, eles utilizam explosivos. Esses compostos químicos são usados somente como demonstração de poder, intimidação e terror, como eles mesmos se denominam.”

Na quarta-feira (13), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) confirmou a autenticidade de um perfil vinculado ao francês Maxime Hauchard, integrante do grupo Estado Islâmico, que ameaçou o país de ataques terroristas em novembro do ano passado.

Segundo o Coronel De Lamare, membro do Ministério da Defesa e atuante no setor de combate ao terrorismo, o país está preparado para eventuais surpresas, mesmo com ameaça explícita de um membro do grupo.

“Sabemos que eles sempre terão como diferencial o fator surpresa. Isso faz parte do ‘jogo’. Estamos absolutamente preparados. Por isso, durante os treinamentos buscamos contemplar não somente as áreas de competição, mas também as demais cidades que receberão jogos de futebol, áreas dos atletas e outros profissionais. Posso afirmar para a sociedade que estamos prontos para combater a ameaça venha de onde vier”, afirmou.

Os Jogos Olímpicos Rio 2016 serão realizados entre os dias 5 e 21 de agosto, com mais de 10 mil atletas de 206 países. Em 17 dias de competições, serão disputadas 306 provas com medalhas.

Já os Jogos Paralímpicos ocorrerão de 7 a 18 de setembro, trazendo mais de 4 mil atletas de 176 nações. Em 11 dias de disputa, serão realizadas 528 provas com medalhas.

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