Brasil

Defesa de Vaccari pede absolvição em ação penal da Lava Jato

Os advogados afirmam que Vaccari não teve participação em contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimo do PT com o Banco Schahin


	João Vaccari Neto: para a defesa, não há nenhum vínculo entre o ex-tesoureiro e o PT na operação bancária
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

João Vaccari Neto: para a defesa, não há nenhum vínculo entre o ex-tesoureiro e o PT na operação bancária (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 19h30.

Brasília - O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto pediu hoje (26) ao juiz federal Sérgio Moro absolvição em uma das ações penais da Operação Lava Jato.

Na petição, os advogados afirmam que Vaccari não teve participação em contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimo do PT com o Banco Schahin. 

O processo envolve mais 11 réus, entre eles o pecuarista José Carlos Bumlai. Vaccari e Bumlai estão presos no Complexo Médico-Penal, na região metropolitana de Curitiba.

Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), o empréstimo de R$ 12 milhões se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação da Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009.

Na defesa encaminhada nesta terça-feira ao juiz, os advogados informaram que o contrato de operação do navio-sonda foi assinado um ano antes de Vaccari tomar posse como tesoureiro do partido.

Para a defesa, não há nenhum vínculo entre Vaccari e o PT na operação bancária. Além disso, os advogados ressaltaram que o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, um dos delatores da Lava Jato, afastou a participação do ex-tesoureiro na operação.

“Percebe-se que, pelas palavras do próprio delator Fernando Soares, não foi dele a ideia de se incluir a Schahin na negociação envolvendo o navio sonda Vitória 10.000, ou seja, impossível que o acusado Vaccari tivesse qualquer ingerência na formulação de tal operação”, concluiu a defesa.

Na mesma ação penal também são réus Maurício de Barros Bumlai e Cristine Barbosa Bumlai, filho e nora do pecuarista, os ex-diretores da Petrobras Nestor Ceveró, Jorge Zelada e Eduardo Musa, além dos empresários Fernando Schahin, Milton Taufic Schahin e Salim Taufic Schahin, ligados à Construtora Schain.

Por ter delatado a suposta irregularidade na contratação do navio-sonda pela Petrobras, a defesa de Fernando Baiano pediu ontem (25) perdão judicial ao juiz Sergio Moro. Segundo a defesa, a colaboração de Baiano foi fundamental para produção de provas da denúncia.

Acompanhe tudo sobre:JustiçaOperação Lava JatoPartidos políticosPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas