Brasil

Defesa de Temer será entregue na CCJ às 16h, diz Planalto

O prazo de cinco sessões para a CCJ votar o relatório começa a contar a partir da entrega da defesas do presidente e dos ministros

Michel Temer: as defesas dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco também serão entregues nesta quarta-feira (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: as defesas dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco também serão entregues nesta quarta-feira (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de outubro de 2017 às 14h09.

Brasília - O Palácio do Planalto informou nesta quarta-feira, 4, que a defesa do presidente da República, Michel Temer, da denúncia por obstrução de justiça e organização criminosa será entregue nesta quarta-feira à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, às 16 horas.

O documento será entregue pelo advogado Eduardo Carnelós, que substituiu Antonio Claudio Mariz de Oliveira, nesta segunda denúncia, já que o então advogado do presidente alegou conflito de interesses por já ter defendido o doleiro Lucio Funaro.

A delação de Funaro é usada na denúncia apresentada contra Temer pelo então Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.

As defesas dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), que também foram denunciados por Janot, também serão entregues nesta quarta-feira.

O advogado de Padilha, Daniel Gerber, informou ao Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) que deve entregar a peça em instantes na CCJ, ou seja, antes do presidente. Já o advogado de Moreira, Antonio Sergio Pitombo, disse que ainda verá o horário, mas confirmou que também protocolará a defesa nesta data.

A partir da entrega da última das três defesas começa a contar o prazo de cinco sessões para a CCJ votar o relatório.

Todos os advogados não quiseram se manifestar em relação ao conteúdo das defesas. Segundo Gerber, a decisão é "se manifestar apenas nos autos". Para Pitombo, "a gravidade dos fatos, frente à absurda acusação, não me permite tecer considerações, antes do protocolo formal da defesa".

Apesar de tratar da mesma denúncia, os advogados não mantiveram contato entre si para elaborar a defesa de seus clientes e a expectativa é que as exposições presenciais sejam separadas.

No Planalto, a avaliação é que a segunda denúncia é vazia e afronta os parlamentares ao trazer diversos elementos que constavam da primeira acusação (por corrupção passiva) apresentada pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e que foi derrubada pelos deputados.

Um auxiliar palaciano afirmou que o presidente pediu uma defesa consistente, que rebata ponto a ponto as acusações que classificou como absurdas. Na terça, ao usar as redes sociais para justificar a extensa agenda de audiências a parlamentares, Temer disse que a peça de Janot é "mais uma denúncia inepta e sem sentido, proposta por uma associação criminosa que quis parar o País". "O Brasil não será pautado pela irresponsabilidade e falta de compromisso de alguém que se perdeu pelas próprias ambições", escreveu.

Mesmo antes de apresentar a defesa, o Planalto continua acreditando que tem base suficiente para derrubar a denúncia por um placar similar ao da primeira acusação - 263 votos.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosMichel TemerPGR - Procuradoria-Geral da República

Mais de Brasil

Eduardo Leite deixa aliados de sobreaviso sobre saída do PSDB e indica que pode se filiar ao PSD

Anvisa torna obrigatória retenção da receita para a venda de Ozempic

Veja como vai funcionar novo programa de perícias do INSS para diminuir fila

Relator da maior aposta de Lula, Lira diz que seria 'honraria' ocupar cargo de vice de Bolsonaro