Brasil

Defesa de Lula espera revisão de prisão depois da 2ª instância

O advogado adiantou que, caso o TRF-4 rejeite os recursos, deve ir novamente ao STJ para questionar a decisão

Lula: a aposta de aliados do ex-presidente é que haja uma revisão do entendimento do Supremo de forma a evitar que o petista seja preso logo após a análise dos embargos declamatórios pelo TRF-4 (Paulo Whitaker/Reuters)

Lula: a aposta de aliados do ex-presidente é que haja uma revisão do entendimento do Supremo de forma a evitar que o petista seja preso logo após a análise dos embargos declamatórios pelo TRF-4 (Paulo Whitaker/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 6 de março de 2018 às 18h01.

Última atualização em 6 de março de 2018 às 18h13.

Brasília - Pouco depois de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter negado um pedido de habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o advogado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence, defensor do petista, disse esperar que o STF rediscuta a possibilidade de prisão após esgotados os recursos em segunda instância.

A defesa de Lula tenta garantir que o Supremo altere o entendimento mais recente de forma a só permitir a prisão logo após concluído todos os recursos cabíveis, o chamado trânsito em julgado.

"Vamos lutar lá (no STF), mas, enfim, esperando que antes, no julgamento das ações declaratórias de constitucionalidade 43 e 44, o Supremo Tribunal se defina a respeito terminando essa dramática divisão", disse Sepúlveda nesta terça-feira, referindo-se à apertada maioria que existe na corte favorável a imediata execução da pena.

A aposta de aliados de Lula é que haja uma revisão do entendimento do Supremo de forma a evitar que o petista seja preso logo após a análise dos embargos declamatórios pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que questiona pontos da condenação do ex-presidente no processo do tríplex do Guarujá (SP).

Em tom de crítica, Sepúlveda lamentou o resultado do julgamento do STJ. "Foi resultado unânime no qual o tribunal preferiu manter a posição punitivista, que está em grande voga no país, e perdeu a oportunidade de evoluir e voltar a dar à garantia constitucional da presunção de inocência o seu devido valor", disse.

O advogado adiantou que, caso o TRF-4 rejeite os recursos, deve ir novamente ao STJ para questionar a decisão. Ele não quis opinar se Lula vai se entregar, caso o TRF-4 decrete sua prisão.

Acompanhe tudo sobre:PT – Partido dos TrabalhadoresCorrupçãoJustiçaLuiz Inácio Lula da SilvaEleições 2018STJ

Mais de Brasil

'Florianópolis é um orgulho para o Brasil e para a América', diz ministro do Turismo argentino em SC

Lula diz que Brasil vive 'uma turbulência desnecessária' causada por Trump

Em meio ao tarifaço, Eduardo Bolsonaro publica foto com secretário do Tesouro dos EUA

Governo dos EUA cancela vistos de esposa e filha de ministro Alexandre Padilha