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Defesa de Laurence diz que delação "é mentira nojenta"

Ex-presidente da Dersa afirma ser boato afirmações a respeito de delação premiada, "por não ter nada a apresentar a respeito e por não ter praticado crimes"

Laurence está entre os denunciados em fraudes nas licitações dos lotes 1, 2 e 3 do trecho norte do Rodoanel (Gilberto Marques/Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

Laurence está entre os denunciados em fraudes nas licitações dos lotes 1, 2 e 3 do trecho norte do Rodoanel (Gilberto Marques/Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 19h31.

Última atualização em 7 de agosto de 2018 às 19h34.

São Paulo - A defesa do ex-presidente da Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa) Laurence Casagrande Lourenço afirmou nesta terça-feira, 7, por meio de nota, ser "absolutamente mentiroso o boato segundo o qual ele estaria pensando em fazer delação premiada". Ele está denunciado no âmbito da Operação Pedra no Caminho, que mira fraudes em obras do Rodoanel Trecho Norte.

Segundo o advogado Eduardo Carnelós, que defende Laurence, ele não "é delator, nem teria como se transformar num, pela simples e contundente razão de que nunca praticou nenhum crime, e por isso nada teria a apresentar a respeito disso".

"Como se já não bastasse a violência contra Laurence, que se encontra ilegal e injustamente preso desde o dia 21 de junho deste ano, a informação 'vazada' de que ele estaria pensando ou negociando um delação premiada impõe ainda mais prejuízo à sua imagem, ao atribuir a ele a condição de delator, o que constitui mentira nojenta que deve ser rechaçada", ressaltou.

Além de Laurence, que foi secretário de Logística e Transportes do Governo Alckmin (PSDB), outros 13 investigados são acusados por crimes de fraude à licitação, falsidade ideológica e organização criminosa.

A acusação mira fraudes nas licitações dos lotes 1, 2 e 3 do trecho norte do Rodoanel. Oito denunciados são ligados à Dersa e quatro são funcionários de construtoras responsáveis pelos lotes - OAS, Mendes Júnior e Isolux. Todos foram alvos da Operação Pedra no Caminho, deflagrada em 21 de junho.

Íntegra da Nota do advogado de Eduardo Carnelós, defensor de Laurence

"A defesa de Laurence Casagrande Lourenço informa que é absolutamente mentiroso o boato segundo o qual ele estaria pensando em fazer delação premiada. Laurence não é delator, nem teria como se transformar num, pela simples e contundente razão de que nunca praticou nenhum crime, e por isso nada teria a apresentar a respeito disso.

Como se já não bastasse a violência contra Laurence, que se encontra ilegal e injustamente preso desde o dia 21 de junho deste ano, a informação "vazada" de que ele estaria pensando ou negociando um delação premiada impõe ainda mais prejuízo à sua imagem, ao atribuir a ele a condição de delator, o que constitui mentira nojenta que deve ser rechaçada.

É lamentável que alguns jornalistas tenham já divulgado o boato, sem nem ao menos se dignar a buscar alguma confirmação para hipótese tão grave, e que tantas e tão danosas consequências trazem à vida de um homem de bem, como é Laurence Casagrande Lourenço."

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