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Defesa de Dilma vai recorrer por mais tempo para testemunhas

Os parlamentares favoráveis à presidente têm reclamado que o tempo de três minutos concedido às testemunhas para responder aos questionamentos não é suficiente


	Cardozo:“Quero informá-lo que, diante da limitação, da impossibilidade de resposta completa, a defesa irá recorrer dessa decisão [sobre o tempo]"
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Cardozo:“Quero informá-lo que, diante da limitação, da impossibilidade de resposta completa, a defesa irá recorrer dessa decisão [sobre o tempo]" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 15h22.

O advogado José Eduardo Cardozo, que defende a presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment, afirmou hoje (15) que vai apresentar recurso para que as testemunhas tenham mais tempo para responder aos questionamentos dos senadores na comissão que analisa o impedimento da petista.

Desde ontem (14), durante os depoimentos de testemunhas de defesa no processo, os parlamentares favoráveis à presidente Dilma têm reclamado que o tempo de três minutos concedido às testemunhas para responder aos questionamentos não é suficiente.

“Quero informá-lo que, diante da limitação, da impossibilidade de resposta completa, a defesa irá recorrer dessa decisão [sobre o tempo] e pedir novo depoimento dessa testemunha, caso seja acolhido esse recurso, uma vez que é impossível que, nesse prazo dado, possa ele responder”, disse Cardozo ao presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB).

Pouco antes, Lira havia negado pedido do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) por mais tempo de resposta para a primeira testemunha ouvida nesta quarta-feira, o ex-secretário adjunto do Orçamento Federal Cilair Rodrigues.

Estratégia

A advogada Janaína Paschoal, responsável pela acusação no processo, protestou contra a atitude da defesa.

“Eu só gostaria de deixar consignado que a estratégia da defesa é fazer crer que está ocorrendo algum tipo de cerceamento, quando é evidente que não está. Todas as testemunhas tiveram o mesmo tempo. Não é possível querer mudar a regra no meio do processo”, acrescentou Janaína. 

Como estratégia para acelerar a fase de depoimentos de testemunhas de defesa e garantir que essa fase do processo termine até o dia 17 de junho, como estabelece o cronograma aprovado pela comissão, os senadores contrários à Dilma passaram a não mais fazer perguntas às testemunhas de defesa.

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