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Defesa da Palestina pelo Brasil é elogiada por países árabes

O emissário do Brasil para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto, defendeu o direito da Palestina à autodeterminação


	Mahmud Abbas: o reconhecimento da Palestina como Estado autônomo e a suspensão dos assentamentos israelenses dominaram as conversas
 (©AFP / Emmanuel Dunand)

Mahmud Abbas: o reconhecimento da Palestina como Estado autônomo e a suspensão dos assentamentos israelenses dominaram as conversas (©AFP / Emmanuel Dunand)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 14h58.

Brasília – O governo do Brasil foi elogiado pelos embaixadores da Palestina em Brasília, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben, e do Sudão, Abd Elghani Elnaim Awad Elkarim, em nome das autoridades árabes. O emissário do Brasil para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto, defendeu o direito da Palestina à autodeterminação e o fim dos assentamentos israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.

“A resolução [da Organização das Nações Unidas] ficou, infelizmente, apenas na condição de Estado observador [no caso da Palestina]. Temos que dar o próximo passo”, disse Melantonio Neto, durante jantar oferecido ontem (18) pelos embaixadores árabes no Brasil, referindo-se à decisão da ONU do final de novembro que aprovou o novo status palestino perante a organização.

No jantar, o reconhecimento da Palestina como Estado autônomo e a suspensão dos assentamentos israelenses dominaram as conversas e os discursos dos embaixadores. Bem-humorado, o embaixador palestino, principal anfitrião da noite, recebeu os convidados com fogos de artifício. “Para os palestinos, não pode faltar esse barulho”, brincou ele, em alusão aos bombardeios lançados contra o território palestino.

“A presidente Dilma Rousseff carrega sobre os ombros as preocupações do dia e as esperanças do amanhã”, ressaltou o embaixador palestino no Brasil. “Nós não esquecemos jamais o fato de, nos últimos dois anos, a presidente Dilma ter defendido a Palestina. Viva a nação árabe. Viva o Brasil e viva a amizade entre os povos”.


O embaixador do Sudão definiu Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “grandes líderes que serão lembrados pela história mundial pela visão humanista e contrária ao derramamento de sangue”. Awad Elkarim reiterou que a Palestina conta com o apoio de 132 países em defesa do reconhecimento como Estado independente e autônomo.

Para os embaixadores do Sudão e da Palestina, o reconhecimento do Estado da Palestina é uma questão de segurança mundial, pois a estabilidade e o equilíbrio no Oriente Médio estão diretamente relacionado ao fim do impasse entre palestinos e israelenses. Para Melantonio Neto, a autodeterminação palestina é um “compromisso ético e moral”.

No jantar oferecido pelos embaixadores árabes no Brasil, estavam o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia; a presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC); o vice-presidente do PSB,o ex-ministro Roberto Amaral; diplomatas e autoridades brasileiras.

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