Brasil

Defesa comemora e já fala em enviar novo texto ao STF

Voto do revisor Lewandowski empolgou até quem não foi julgado ontem. Márcio Thomaz Bastos viu na manifestação do revisor a brecha que esperava para retocar sua estratégia

O advogado Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, representa José Roberto Salgado, ex-dirigente do Banco Rural (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O advogado Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, representa José Roberto Salgado, ex-dirigente do Banco Rural (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2012 às 09h59.

Brasília - Ricardo Lewandowski devolveu a esperança, a confiança e o sorriso à defesa dos réus do mensalão. A absolvição do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) fez seu advogado, o criminalista Alberto Zacharias Toron, deixar o Supremo Tribunal Federal no início da noite reverenciando "a densidade" do voto do ministro revisor e se declarando "muito feliz, muito feliz mesmo", enquanto era cumprimentado e beijado por colegas de beca. "Toron, você é dez, dez, dez", abraçou-o Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o marqueteiro Duda Mendonça.

O voto de Lewandowski empolgou até quem não foi julgado ontem. Márcio Thomaz Bastos, o decano dos causídicos, viu na manifestação do revisor a brecha que esperava para retocar sua estratégia em favor do cliente, o executivo Roberto Salgado, do Banco Rural. "Provavelmente, apresentaremos novo memorial à luz das discussões de hoje (ontem). O contraditório (entre revisor e relator) é sempre melhor que o monólogo."

"Vamos ter agora dois pontos de apoio, o voto do relator e o do revisor, para que os outros ministros façam as suas opções, ou até apareça uma terceira posição", declarou Thomaz Bastos.

O fator Lewandowski o faz mirar lá na frente alguma medida que possa fazer esticar no tempo a solução final do julgamento.

Para Toron, Barbosa "não apenas ignorou as provas dos autos, como as que apresentou foram distorcidas". Indagado sobre o fato de o revisor ter condenado todos os outros réus desse bloco e absolvido o deputado, ele ponderou: "As imputações são diferentes. Mas ainda não há nada a ser comemorado, vamos aguardar a continuação do julgamento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Política no BrasilCorrupçãoEscândalosFraudesSupremo Tribunal Federal (STF)Mensalão

Mais de Brasil

Em SP, Lula perde para Bolsonaro, Michelle e Tarcísio, diz Paraná Pesquisas

Lula reconduz Gonet ao cargo de procurador-geral antes do julgamento de Bolsonaro

'Eu creio que esse compromisso vai ser honrado', diz Haddad sobre compensação da isenção do IR

Hugo Motta defende aprovação do projeto de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil