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Defensoria do RJ e MP cobram R$560 mi em indenizações da Cedae

Indenização cobrada na ação equivale a um desconto mínimo de 70% sobre o valor de consumo mensal de água

Rio de Janeiro: após crise na água, Cedae terá que indenizar população (foto/Divulgação)

Rio de Janeiro: após crise na água, Cedae terá que indenizar população (foto/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2020 às 06h38.

Rio de Janeiro - A Defensoria Pública e o Ministério Público do Rio de Janeiro abriram nesta quinta-feira uma ação civil pública cobrando 560 milhões de reais da empresa fluminense de saneamento Cedae em caráter de indenização pela qualidade da água fornecida à população.

A indenização cobrada na ação equivale a um desconto mínimo de 70% sobre o valor de consumo mensal de água, ou uma média de 62 reais, da conta de cada um dos mais de 9 milhões de consumidores abastecidos pelo rio Guandu, epicentro da crise de fornecimento de água vivida pela companhia neste ano. A Cedae, porém, se propôs a dar um desconto de 1,25 real nas contas.

Desde o início da crise foram realizadas cinco reuniões, mas não houve acordo entre as partes. "As exigências apresentadas não se mostraram razoáveis, bem como o valor proposto como indenização. Estamos falando de um serviço público essencial, que deve ser prestado de forma contínua e com qualidade. Isso não foi respeitado pela Cedae", disse a coordenadora do Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria, Patrícia Cardoso.

Desde o início do ano, a água fornecida pelo sistema Guandu, o mais importante da Cedae, apresenta cheiro, sabor e em alguns locais até cor de terra. A causa do problema seria a proliferação de uma alga conhecida como geosmina.

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