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Decreto que flexibiliza posse de arma sai este mês, diz Bolsonaro

Presidente disse que uma das ideias é comprovar a efetiva necessidade com base em estatísticas de mortes por arma de fogo

Bolsonaro: "decreto vai tirar a 'subjetividade' do Estatuto do Desarmamento" (Adriano Machado/Getty Images)

Bolsonaro: "decreto vai tirar a 'subjetividade' do Estatuto do Desarmamento" (Adriano Machado/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 3 de janeiro de 2019 às 22h03.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (3) que o decreto flexibilizando a posse de armas de fogo sai ainda em janeiro. Bolsonaro disse que o decreto vai tirar a "subjetividade" do Estatuto do Desarmamento.

"Ali, na legislação diz que você tem que comprovar efetiva necessidade. Conversando com o [ministro da Justiça] Sergio Moro, estamos definindo o que é efetiva necessidade. Isso sai em janeiro, com certeza", disse em entrevista ao SBT, a primeira após ter assumido a Presidência da República.

Ele disse que uma das ideias é comprovar a efetiva necessidade com base em estatísticas de mortes por arma de fogo. Assim, moradores de locais com altos indíces de mortalidade teriam mais facilidade em adquirir armas.

Jair Bolsonaro visita a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) - Antonio Cruz/Agência Brasil

"Em estado, por exemplo, o número de óbitos por arma de fogo, por 100 mil habitantes, seja igual ou superior a dez, essa comprovação de efetiva necessidade é fato superado. Vai poder comprar sua arma de fogo. O homem do campo vai ter direito também".

Além disso, o presidente quer aumentar o limite de armas por cidadão. Para ele, o limite de duas armas por pessoa pode ser aumentado, sobretudo para agentes de segurança. Nesse caso, o limite pode subir para "quatro ou seis armas".

O presidente avalia que a violência "cairá assustadoramente" com a medida. "Eu vou buscar a aprovação, botar na lei também, a legítima defesa da vida própria ou de outrem, do patrimônio próprio ou de outrem. Você estará no excludente de ilicitude. Você pode atirar. Se o elemento morrer, você responde, mas não tem punição. Pode ter certeza que a violência cai assustadoramente no Brasil".

Porte de arma

O decreto a ser editado pelo governo diz respeito à posse de arma de fogo, que permite ao cidadão ter a arma em casa ou no local de trabalho. Já o porte diz respeito à circulação com arma de fogo fora de casa ou do trabalho.

Sem se alongar muito, Bolsonaro diz que também flexibilizará o porte de arma. "A questão do porte vamos flexibilizar também, pode ter certeza. Podemos dar por decreto, porque tem alguns requisitos para cumprir. E esses requisitos são definidos por decreto."

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