Brasil

Declarações de ex-contadora são fantasiosas, diz Altman

Segundo Meire Poza, Alberto Youssef teria repassado a ela recursos para pagar multa do corretor Enivaldo Quadrado

A ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Bonfim da Silva Poza, presta depoimento (Wilson Dias/Agência Brasil)

A ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Bonfim da Silva Poza, presta depoimento (Wilson Dias/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2014 às 19h50.

Brasília - O jornalista Breno Altman afirmou nesta quarta-feira, 8, em nota, que são "fantasiosas" as declarações de Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, de que ele teria repassado a ela recursos para pagar multa do corretor Enivaldo Quadrado, condenado no processo do mensalão.

"Fico curioso para saber quais as razões dessas invenções e a que interesses atendem", disse.

Em depoimento à CPI mista da Petrobras, Meire disse ter ido à casa de Altman durante três meses para pegar em cada oportunidade R$ 15 mil em dinheiro vivo.

Esses recursos seriam entregues a Quadrado para, segundo ela, pagar a multa imposta pela condenação no processo julgado em 2012 pelo Supremo Tribunal Federal.

Em nota, Altman disse ter relações pessoais com Enivaldo Quadrado desde os anos 90. Ele afirmou ainda que Quadrado esteve em sua casa duas vezes acompanhado de Meire Poza, a quem apresentou como amiga e contadora.

"O motivo desse encontro, solicitado por mim, foi obter assessoria contábil para exportação de serviços, pois realizo - como jornalista e consultor - muitas atividades no exterior", afirmou.

O jornalista informou ter pedido a seu advogado para que analisasse o depoimento da contadora na CPMI da Petrobras a fim de tomar "medidas judiciais cabíveis".

Meire depôs sob a condição de testemunha, o que, legalmente, não permite a ela mentir. Em contato telefônico com a reportagem do Broadcast Político, Altman disse que aceitaria participar de uma audiência da CPI ou até mesmo de uma acareação com Meire Poza.

Durante o depoimento da ex-contadora de Youssef, o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), apresentou um requerimento para convocá-lo. "Estou à disposição", disse o jornalista.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesMensalãoPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas