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Decisão de voltar é dos caminhoneiros, diz sindicato

Insituição diz também que ainda não sabe se os trabalhadores responsáveis pela distribuição de combustíveis voltarão ao seu serviço hoje

Os caminhoneiros autônomos que fazem a distribuição de combustível na Região Metropolitana cruzaram os braços desde a manhã da segunda-feira (Getty Images)

Os caminhoneiros autônomos que fazem a distribuição de combustível na Região Metropolitana cruzaram os braços desde a manhã da segunda-feira (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 17h49.

O Sindicato dos Transportadores de Rodoviários de Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) ainda não sabe se os caminhoneiros responsáveis pela distribuição de combustíveis em São Paulo voltarão ao trabalho hoje.

Na noite de ontem, uma liminar concedida pelo juiz Emilio Migliano Neto, da 7ª Vara da Fazenda Pública, determinou que os sindicatos acusados de promover ações com o objetivo de impedir a distribuição de combustível em postos de gasolina da capital retomem a normalidade dos serviços. Em caso de descumprimento, eles terão de pagar multa diária de R$ 1 milhão cada.

"Tenho conhecimento da liminar mas ainda não fui notificado", explica o presidente do Sindicam, Norival de Almeida Silva. "Mesmo assim, já acatamos a decisão e estou cumprindo o que determina a liminar. Não estamos fechando ruas e nem fazendo protestos", completa.

Segundo Norival, o sindicato aguarda a entrega da notificação para marcar uma assembleia com os caminhoneiros, que vão decidir se voltam ou não ao trabalho. "A decisão de manter a paralisação será deles, o Sindicam não tem nada com isso, já estamos cumprindo o que determina a justiça. Eu não quero ser punido", diz.

Em conversa com os trabalhadores na noite de ontem, segundo Norival, "parte deles concordou em voltar ao trabalho hoje, mas a maioria não concorda com a Justiça. Eles dizem que os caminhões são deles e que não retornarão ao trabalho".

Os caminhoneiros autônomos que fazem a distribuição de combustível na Região Metropolitana cruzaram os braços desde a manhã da segunda-feira, quando teve início a restrição de caminhões nos horários de pico pela Marginal do Tietê e em outras 25 vias da cidade

Pelo menos cem postos, dos cerca de dois mil existem na região metropolitana, estavam sem combustível até o começo da noite de ontem. Ainda não há previsão de quando a distribuição estará normalizada.

Escoltas

A Polícia Militar mantém hoje os serviços de escolta a caminhões-tanque que sairão dos centros de distribuição para garantir a entrega de combustível em serviços essenciais, como o transporte público e a coleta de lixo.


Segundo levantamento da Polícia Militar, desde as 20 horas de ontem, até as 5h30 de hoje, os policiais fizeram 23 escoltas de 53 caminhões de distribuidoras da Shell e da Petrobrás.

As últimas foram feitas para as zonas sul e norte. Dois caminhões saíram do terminal da Petrobras em Barueri, na Grande São Paulo, escoltados até os aeroportos de Congonhas, na zona sul, e de Cumbica, em Guarulhos, e para a cidade de Santo André.

Para a zona oeste, um caminhão foi escoltado até o Jardim Alba, para abastecer a Viação Tupi. Outros sete caminhões foram escoltados para abastecer a região de Osasco. Para a manhã de hoje estão previstas mais três escoltas para outras regiões de São Paulo.

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