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'De vez em quando a gente erra', diz Lula sobre escolha de ministros

Declaração ocorre em meio a indefinição sobre a reforma ministerial, e especulações sobre a saída de Nísia Trindade da Saúde

Agência o Globo
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Publicado em 21 de fevereiro de 2025 às 14h14.

A uma semana do fim do fevereiro e sem definição sobre a esperada reforma ministerial prometida desde o início do ano no governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "de vez em quando erra", mas que "na maioria das vezes" é escolhido um nome "de qualidade". A fala do presidente, feita nesta sexta-feira em Itaguaí (RJ), foi direcionada ao ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, mas ocorre em meio a inúmeras especulações sobre trocas nas Pastas.

Há uma expectativa entre auxiliares que o presidente anuncie a reforma ministerial nas próximas semanas. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, tem sua saída dada como certa por petistas de diferentes pastas. Procurada, a ministra declarou nesta quinta-feira se sentir segura no cargo, e diz não ter recebido nenhum sinal de que será demitida pelo presidente.

"De vez em quando a gente erra, mas na maioria das vezes a gente acerta e escolhe um ministro de qualidade', disse Lula, se referindo ao ministro Silvio Costa. "Um menino pernambucano, que tem dado um show no trabalho dele. Só trabalha para fazer as coisas acontecerem".

O presidente Lula fez o discurso no Porto de Itaguaí, na Baía de Sepetiba, em cerimônia para a assinatura do contrato de concessão de um terminal portuário de minério de ferro.

Apesar das especulações, o petista tem destacado que ele próprio nunca falou em troca nos ministérios. Na última quarta, Lula disse que uma eventual mudança no governo é uma coisa íntima dele, e que mudar ou não mudar pertencia intimamente ao presidente.

"Eu mudo quando eu quiser. Da mesma forma que eu convidei quem eu queria, eu tiro quem eu quiser, na hora que eu quiser. É simples assim, sem nenhum problema. (...) Estou contente com meu governo, muito contente, acho que todo mundo cumpriu à risca o que era para fazer. Ao longo do tempo, que não precisa ser em um mês do ano, pode ser no meio, no final do ano, o presidente vai mudando pessoas na medida que ele entende que tem que mudar as pessoas".

Uma das mudanças dada como certa é a entrada da atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na Secretaria-Geral no lugar de Márcio Macêdo. O Centrão também pressiona para que um dos seus integrantes assuma a pasta de Relações Institucionais, hoje com o petista Alexandre Padilha.

Já Padilha é um dos cotado para assumir o lugar de Nísia na Saúde. O ministro das Relações Institucionais chegou a ser procurado pela ministra após as especulações, e disse que não havia sido comunicado de nada por Lula.

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