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De postos sem combustível a fábricas paradas: o quinto dia de paralisação

Greve causou reduções drásticas de combustível em cidades como Bahia e Rio de Janeiro. No Paraná, a escassez é completa nos postos de gasolina

Danos: ainda que o movimento termine nesta sexta-feira, levará dias até que o abastecimento, a produção fabril e as rotinas voltem ao normal no país (Leonardo Benassatto/Reuters)

Danos: ainda que o movimento termine nesta sexta-feira, levará dias até que o abastecimento, a produção fabril e as rotinas voltem ao normal no país (Leonardo Benassatto/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2018 às 06h37.

Última atualização em 25 de maio de 2018 às 09h35.

Com a indefinição sobre seu final, a greve de caminhoneiros chega ao quinto dia com consequências em todo o país. Com bloqueios de estradas, a paralisação continua minando o abastecimento de produtos básicos  e causando enormes filas de motoristas em postos de combustíveis. Para esta sexta-feira, a cidade de São Paulo anunciou mais uma retirada do rodízio de automóveis e a suspensão do serviço de coleta de lixo, além de redução da frota de transporte público.

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Foram relatadas reduções drásticas nos estoques de combustível, principalmente em cidades na Bahia e escassez completa de combustíveis em municípios do Paraná. No Rio de Janeiro, falta combustível em metade dos postos da cidade e esse número era esperado chegar a 90% na noite de ontem. A falta de combustível já começa também a levar ao cancelamento de voos: as companhias aéreas Azul e Latam ampliaram o número de aeroportos com restrições de operação.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo,  na região de Passos, no sul de Minas Gerais, mais de 500.000 litros de leite já foram jogados fora porque, com a falta de transporte, o produto se perde em pouco tempo e não há como utilizá-lo — também não pode ser doado antes do processo de pasteurização. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) voltou a informar que há unidades de processadoras de carnes paradas no país por causa da greve dos caminhoneiros. Todas as montadoras de veículos do país anunciaram que encerrariam a produção nesta sexta-feira, pela falta de peças. Hospitais alertaram para a falta de remédios e o risco a pacientes.

Mesmo que o movimento termine nesta sexta-feira, levará dias até que o abastecimento, a produção fabril e as rotinas voltem ao normal no país. Fora os danos irreparáveis, como alimentos jogados fora, animais mortos de inanição nas estradas e pacientes que ficaram sem remédios. A conta de quanto o país perdeu nos últimos dias ainda será feita. A única já computada é o baque para a Petrobras, que cedeu à pressão e cortou o preço do diesel: a petroleira perdeu 45 bilhões de reais na bolsa nesta quinta-feira.

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