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De olho nas próximas eleições presidenciais, Lula rejeita moderar discurso

Setores do PT defendem que ex-presidente deveria assumir papel pacificador no atual cenário; prioridade do petista é evitar surgimento de nome de centro

Lula: ex-presidente está focado nas eleições e como estratégia pretende manter ataques a Jair Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)

Lula: ex-presidente está focado nas eleições e como estratégia pretende manter ataques a Jair Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 5 de janeiro de 2020 às 10h35.

São Paulo — Apesar do apelo de parte das lideranças do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem rejeitado em conversas com aliados fazer uma inflexão no discurso que adotou desde que deixou a prisão no dia 8 de novembro.

O plano do petista é manter os ataques ao presidente Jair Bolsonaro e investir para consolidar a polarização, numa tentativa de evitar o surgimento de um nome de centro para a disputa de 2022.

Um dia após ser solto, ao discursar no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, Lula relacionou Bolsonaro com as milícias e chegou a dizer que os brasileiros deveriam seguir “o exemplo do povo do Chile”, que tomou as ruas do país em protestos que resultaram em mais de 20 mortes nos últimos meses.

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