Rodrigo Pacheco: o senador deu ênfase às "inúmeras" pautas apreciadas do governo anterior (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de fevereiro de 2023 às 17h39.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2023 às 17h52.
Em busca da reeleição, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou em discurso nesta quarta, 1º, que a Casa, ao longo da sua gestão, foi colaborativa e responsável com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A fala mira conter o crescimento da candidatura rival, do bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN), embora Pacheco siga favorito.
Ao citar os projetos aprovados durante seu biênio enquanto presidente da Casa, ele disse que foram os dois anos mais produtivos dos últimos 30. "Desafio alguém a apresentar pauta-bomba, chantagens feitas com governo anterior, isso não aconteceu", destacou, em discurso em defesa à sua reeleição ao cargo.
O senador deu ênfase às "inúmeras" pautas apreciadas do governo anterior. De olho no seu principal adversário, Pacheco disse que irá defender "prerrogativas de senadores". "Qualquer senador que sofrer retaliação terá pronta resistência do Senado", comentou. Pacheco comprometeu-se com o "pleno funcionamento" dos órgãos da Casa. "Obrigação do presidente do Senado é defender senadores."
"Que possamos dialogar de forma respeitosa, encontrar convergências", declarou. "É preciso fortalecer a comunicação do Senado, mostrar coisas positivas que fazemos." Como um dos desafios, o parlamentar citou não deixar retroceder conquistas do Parlamento.
Pacheco defendeu que a Casa avalie prerrogativas do Judiciário. "Nosso papel é legislar para colocar limites nos Poderes", disse da tribuna da Casa, de onde discursou.
Pacheco disse reconhecer reclamações "sobre relação com Judiciário". Ao longo dos últimos dois anos, sua proximidade com ministros das Cortes Superiores foi alvo de críticas e virou plataforma de campanha de seu principal adversário, o bolsonarista Rogério Marinho. "Se há problema em decisões monocráticas do STF [Supremo Tribunal Federal], legislemos quanto a isso, legislemos sobre ocupação temporal de ministros do STF, é discussão possível."