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De 140 estudantes, 82 voltam à escola de Realengo

Dos mil alunos matriculados, 21 pediram transferência para outras escolas depois da tragédia

O sargento acompanhou o presidente da Comissão de Segurança da Câmara, deputado federal Mendonça Prado, na escola (Divulgação/Shana Reis/ Governo do Estado do Rio de Janeiro)

O sargento acompanhou o presidente da Comissão de Segurança da Câmara, deputado federal Mendonça Prado, na escola (Divulgação/Shana Reis/ Governo do Estado do Rio de Janeiro)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2011 às 18h38.

São Paulo - Alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, iniciaram hoje a semana de volta às aulas, onze dias após o massacre de 12 colegas executados pelo ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, na manhã do dia 7 deste mês. Dos 140 estudantes esperados, de quatro turmas do 9º ano do turno da tarde, 82 voltaram ao colégio para atividades de arte e terapia monitoradas por psicólogos.

Dos mil alunos matriculados, 21 pediram transferência para outras escolas depois da tragédia. Amanhã, as turmas do turno da manhã, que estavam na escola no momento da chacina, também voltam às aulas. A escola passará a contar com um psicólogo e um enfermeiro em tempo integral. "A minha filha não aguenta sequer olhar para os livros. Sei que aqui não será possível ela voltar a estudar", disse Renata dos Reis Rocha, mãe das gêmeas Bianca e Brenda.

A primeira morreu baleada pelo atirador e a segunda foi ferida, sobreviveu e teve alta hospitalar, mas continua traumatizada. A secretária municipal de Educação, Claudia Costin, acompanhou hoje o primeiro dia de aula e afirmou que todas as reivindicações dos pais foram atendidas. "Eles requisitaram um psicólogo em tempo integral na escola, mais dois inspetores nos corredores e uma guarnição da Guarda Municipal no portão durante o funcionamento da escola. Tudo foi providenciado", revelou a secretária.

Os alunos ainda estavam apreensivos na entrada da escola e com a movimentação da imprensa. "Se eles sentirem segurança dentro e fora do colégio, eu acho que a volta às aulas pode funcionar. Ele ficou abalado porque a sala dele foi uma das invadidas (pelo atirador), só que ele estuda à tarde", disse Cintia de Moraes, mãe de um aluno de 14 anos que chegou chorando na escola.

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