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Davi Alcolumbre com coronavírus; Selic a 3,75%; 475 novos mortos na Itália

Cristo Redentor, no Rio: projetado com países com casos de coronavírus (Sergio Moraes/Reuters)

Cristo Redentor, no Rio: projetado com países com casos de coronavírus (Sergio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2020 às 07h28.

Última atualização em 19 de março de 2020 às 07h47.

Davi Alcolumbre confirmado com coronavírus

O coronavírus fez novos infectados no alto escalão de Brasília. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), confirmou na tarde desta quarta-feira, 18, que está com coronavírus. De acordo com sua assessoria, o primeiro teste ao qual ele foi submetido deu negativo, mas novo exame na noite de terça-feira teve resultado positivo. Com isso, Alcolumbre se torna o primeiro chefe de um dos Poderes da República a ter teste positivo. No caso de Alcolumbre, que não esteve nos EUA, é possível que o chefe do Senado tenha sido infectado pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores e que também estava na comitiva dos EUA. Antes do diagnóstico, havia participado de reunião com líderes partidários, incluindo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia ainda não fez o teste.

Ministros também deram positivo 

Mais cedo, dois ministros do governo já haviam confirmado a doença. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fizeram testes com resultados positivos. Todos afirmaram estar isolados. O general Heleno ainda agurada contraprova. Já Albuquerque teve resultado negativo no primeiro teste, mas positivo no segundo. O diagnóstico de Albuquerque foi anunciado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro em coletiva nesta quarta-feira. “Além do general Heleno que teve contato com alguns aqui, também tivemos positivo agora o teste do ministro das Minas e Energia, o almirante Bento [Albuquerque]. Obviamente, cuidado nosso tem que ser redobrado”, disse o presidente durante coletiva no Planalto, em que apareceu usando máscaras — retiradas algum tempo depois. O Brasil tinha 428 casos confirmados pelo Ministério da Saúde até a quarta-feira.

475 novos mortos na Itália

A Defesa Civil da Itália informou nesta quarta-feira que 2.978 pessoas morreram em decorrência do coronavírus no país, um salto de 475 em relação à atualização divulgada ontem. Trata-se do maior avanço diário registrado por qualquer país, desde o início da pandemia. O número de casos da doença registrou aumento de 4.207 pessoas, chegando 35.713. A Itália é o segundo país com mais infecções no mundo, atrás apenas da China, onde o vírus se originou. Todo o país está sob regime de quarentena há dias, mas os casos de infecção continuam subindo, e não há previsão de quando o país atingirá o pico da pandemia. No mundo, há mais de 219.000 casos.

Copom reduz selic a 3,75%

Em uma de suas mais complexas decisões da história, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou nesta quarta-feira um corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, que foi de 4,25% ao ano a 3,75%. A decisão foi unânime e era esperada por grande parte do mercado. O comitê ressalta que, se por um lado o nível de ociosidade da economia pode produzir trajetória de inflação abaixo do esperado, sobretudo sob as incertezas trazidas pelo agravamento da pandemia de coronavírus no mundo, por outro, a deterioração do cenário externo ou frustrações em relação à continuidade das reformas podem elevar os prêmios de risco e gerar uma trajetória da inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária”, disse.

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