MUSEU NACIONAL: fogo que começou às 19h30 foi controlado por volta das 2h da madrugada / REUTERS/ Ricardo Moraes
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2018 às 06h54.
Última atualização em 4 de setembro de 2018 às 12h21.
Após 6 horas, incêndio no Museu Nacional é controlado
Os bombeiros controlaram por volta das 2h da madrugada o incêndio que atingiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio. Cerca de 80 bombeiros de 12 quartéis foram enviados ao local para combater o incêndio que começou por volta das 19h30 de domingo. Os bombeiros confirmaram que não há vítimas. O museu estava fechado para visitação no momento em que o incêndio começou. E quatro seguranças que estavam no local conseguiram escapar. Mais antiga instituição histórica do país, o Museu Nacional do Rio foi fundado por D.João VI, em 1818. É vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com perfil acadêmico e científico. Tem nota elevada por reunir pesquisas raras, como esqueletos de animais pré-históricos e múmias. O local foi sede da primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes de ser destinado ao uso de museu, em 1892. O edifício é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
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“O dano é irreparável”
O diretor de Preservação do Museu Nacional do Rio de Janeiro, João Carlos Nara, afirmou à Agência Brasil que o incêndio causa um “dano irreparável” ao acervo e às pesquisa nacionais. Ele acompanha de perto o trabalho dos bombeiros no local e disse que “pouco restará”, após o controle das chamas. “Infelizmente a reserva técnica, que esperávamos que seria preservada, também foi atingida. Teremos de esperar o fim do trabalho dos bombeiros para verificar realmente a dimensão de tudo”, afirmou o arquiteto e historiador. De acordo com João Carlos Nara, a equipe de administração do Museu Nacional aguardava o fim do período eleitoral para iniciar as obras de preservação da infraestrutura do prédio. “É tudo muito antigo. O sistema de água e o material, tudo tem muitos anos. Havia uma trinca nas laterais. Isso é ameaça constante”, disse o diretor.
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Fazendeiros bancarão Ferrogrão
Apontado como o maior produtor de soja do mundo, o empresário Eraí Maggi está agora empenhado em um novo projeto: unir os produtores de seu Estado para constituir um fundo, com contribuições medidas em sacas de soja e milho, para construir uma ferrovia. Trata-se da Ferrogrão, que ligará Sinop, no norte do Mato Grosso, até o porto fluvial de Miritituba (PA), no rio Tapajós. A obra está orçada em R$ 12,7 bilhões. “Torna-se troco, perto dos benefícios que vai trazer ao produtor”, afirmou o fazendeiro ao ‘Estado’. Cansados de esperar, os produtores decidiram eles mesmos colocar dinheiro no projeto. Há duas semanas, uma assembleia da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja – MT) aprovou por unanimidade a proposta de se criar um fundo para custear o investimento.
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Argentina prepara novas medidas
Enquanto a Argentina prepara seus planos de reduzir o déficit orçamentário para convencer investidores nervosos de que pode pagar suas dívidas, o presidente Mauricio Macri está sob crescente pressão para reverter uma de suas principais políticas: cortes nos impostos de exportações de produtos agrícolas. O ministro da Economia, Nicolas Dujovne, prometeu anunciar na segunda-feira medidas para reduzir o déficit primário de 2019 – suas necessidades de financiamento antes do pagamento dos juros da dívida – num esforço para interromper a queda do peso, uma das moedas de pior performance no mundo neste ano.
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Itália garante que vai honrar compromissos
O ministro de Economia da Itália, Giovanni Tria, afirmou neste domingo que o governo italiano irá honrar os compromissos que tem com a União Europeia e afirmou que as ações a serem tomadas irão acalmar os mercados financeiros. “O alarmismo de certas manchetes de jornal distrai os mercados internacionais, que acham que, na Itália, não há otimismo no setor financeiro. Iremos honrar os nossos compromissos com a UE”, disse Tria, que encerrou neste domingo uma viagem à China. A questão orçamentária da Itália está no radar dos investidores internacionais à medida que se aproxima a data em que o projeto de orçamento do país para o próximo ano fiscal terá de ser apresentado à UE.
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Líbia declara estado de emergência
O governo da Líbia, apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), declarou estado de emergência na capital e seus arredores em meio a um conflito entre grupos rivais que matou cerca de 39 pessoas, incluindo civis, nos últimos dias. Em um comunicado divulgado neste domingo, as autoridades líbias pedem que as milícias ponham fim ao enfrentamento e cumpram um cessar-fogo mediado pela ONU. Os confrontos começaram na semana passada entre grupos armados de Trípoli contra outros de uma cidade ao sul, na disputa pelo poder da capital da Líbia. Segundo o ministério da Saúde líbio, além das mortes, outras 96 pessoas ficaram feridas.
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Morre líder do Estados Islâmico
As forças militares dos Estados Unidos no Afeganistão confirmaram neste domingo a morte do líder do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no país, Abu Saad Orakzai, também conhecido como Saad Arhabi, em um bombardeio no dia 25 de agosto. O ataque das tropas americanas ocorreu na província oriental de Nangarhar, reduto afegão do grupo, segundo informou em comunicado a missão da Otan no país, “Apoio Decidido”. “Os Estados Unidos e seus aliados estão no Afeganistão para manter a pressão sobre os terroristas transregionais, que pertencem a redes e que tenham planejar, fornecer recursos e atacar diretamente”, afirmou o general Scott Miller, comandante das forças dos EUA e da Otan.