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Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, é preso pela PF

O Banco Central (BC) decretou, também nesta terça, a liquidação extrajudicial do Banco Master e da Master SA Corretora de Câmbio

Banco Master: dono do banco foi preso nesta manhã (Reprodução/Banco Master)

Banco Master: dono do banco foi preso nesta manhã (Reprodução/Banco Master)

Publicado em 18 de novembro de 2025 às 07h27.

Última atualização em 18 de novembro de 2025 às 07h33.

O dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, foi preso na manhã desta terça-feira, 18, durante uma operação da Polícia Federal.

Batizada de Operação Compliance Zero, a investigação apura a suposta emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional.

Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.

Segundo a PF, as investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira.

Tais títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada.

Os investigados são acusados de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros.

Liquidação do banco

O Banco Central (BC) decretou, também nesta terça, a liquidação extrajudicial do Banco Master e da Master SA Corretora de Câmbio. A decisão, assinada pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, encerra a operação das instituições e retira o grupo do Sistema Financeiro Nacional.

A medida ocorre um dia após o Grupo Fictor manifestar interesse em adquirir o banco, e menos de um mês depois do veto à entrada do Banco de Brasília (BRB) como acionista.

O modelo de negócios do Master vinha sendo questionado pelo mercado e pelo regulador. A instituição captava recursos pagando juros elevados acima da média e utilizava os valores para adquirir ativos com baixa liquidez, como empresas em dificuldade financeira, precatórios e direitos creditórios.

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