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Dança de cadeiras com saída do Palocci e de Mattoso

Afastamento do ministro da Fazenda já provoca mudanças. Há troca de pessoal tanto na administração do BNDES como na da Caixa Econômica Federal

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 20h55.

O pedido de afastamento do presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso, e o convite para o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega, assumir o Ministério da Fazenda já provoca uma dança de cadeiras na alta administração federal.

Para a presidência da CEF, o presidente Lula indicou Maria Fernanda Ramos Coelho, funcionária de carreira e que trabalha no banco há 22 anos.

Para o cargo de Mantega, assume o economista paulista Demian Fiocca, atual vice-presidente do BNDES. Fiocca acompanhou Mantega desde o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, onde atuou como chefe da Assessoria Econômica. No ministério, dedicou-se, entre outros temas, ao projeto das Parcerias Público-Privadas e também ao debate sobre as linhas de crédito do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Mundial ao Brasil.

Leia a íntegra da nota do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso:

"Na condição de Presidente da CAIXA, no pleno e legítimo exercício de minhas funções, tive acesso a informações sobre movimentação atípica em conta de cliente.

Cumprindo meus deveres funcionais e sem que isso de forma alguma representasse quebra indevida de sigilo, determinei, a propósito, a adoção das providências previstas na Lei n.º 9613/98, cujas disposições aplicam-se indistintamente a todas as instituições financeiras.

Assim agindo, na forma da lei acima mencionada, procurei fazer com que a informação chegasse regularmente ao COAF, órgão integrante da estrutura do Ministério da Fazenda e que detém competência legal para conhecer e analisar assuntos dessa natureza. Comuniquei, também, o fato à autoridade superior à qual a CAIXA encontra-se vinculada.

Não fui o responsável pelo vazamento da informação e estou convicto de que nenhum empregado da CAIXA deu causa à divulgação indevida, atuando nos estritos limites da legalidade.

Entretanto, diante das repercussões desse episódio, visando resguardar imagem institucional da CAIXA, entendi por bem colocar meu cargo à disposição do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, na certeza de que, ao final, tudo será devidamente esclarecido."

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