Deltan Dallganol: procurador pode vir a ser afastado da operação Lava Jato (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de agosto de 2019 às 18h38.
Última atualização em 9 de agosto de 2019 às 18h48.
Sob fogo cerrado de opositores da Lava Jato, o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa no Paraná, comparou a grande reação à maior investigação já desencadeada no País contra a corrupção ao movimento que colocou em xeque a Mãos Limpas — missão similar que a Itália viveu nos anos 1990 e acabou esvaziada por forças políticas.
Em sua conta no Twitter, Deltan postou. "Vejo um movimento de reação como o que aconteceu na Itália, em que se busca tirar a credibilidade de agentes públicos que atuam na operação, para promover os retrocessos que possam permitir que poderosos que praticaram crimes graves alcancem impunidade."
Na próxima terça-feira, 13, o Conselho Nacional do Ministério Público pode pôr em pauta eventual afastamento de Deltan da Lava Jato. Ele tem sido alvo frequente de reclamações perante o colegiado.
Deltan avalia que o objetivo de quem fustiga a Lava Jato é "promover os retrocessos que possam permitir que poderosos que praticaram crimes graves alcancem impunidade".