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DAEE e ANA preparam autorização para uso de volume morto

Os dois órgãos seguirão estudando diariamente o comportamento dos reservatórios de maneira a definir os próximos volumes a serem autorizados


	Cantareira: DAEE e ANA já informaram concordar com retirada de água da 2ª parcela do volume morto
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Cantareira: DAEE e ANA já informaram concordar com retirada de água da 2ª parcela do volume morto (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 14h34.

São Paulo - O superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do estado de São Paulo, Alceu Segamarchi Junior, disse nesta quarta-feira, 5, que o órgão estadual, juntamente com a Agência Nacional de Águas (ANA), estão trabalhando na resolução que autorizará a Sabesp a captar água da segunda cota do volume morto até o final de novembro.

Ele não antecipou qual volume que seria possível a Sabesp captar ao longo deste mês, mas indicou que a definição será feita nos próximos dias.

Os dois órgãos seguirão estudando diariamente o comportamento dos reservatórios de maneira a definir os próximos volumes a serem autorizados.

Embora a Sabesp já tenha incorporado no cálculo de seu volume armazenado o montante referente à segunda parcela de volume morto, a companhia ainda não detém a autorização para efetivamente utilizar essa água.

DAEE e ANA já informaram concordar com a retirada de água da segunda parcela do volume morto, mas a agência federal recomendou que a utilização dessa água ocorra por meio de regras que visem a maior segurança dos reservatórios, mediante a autorização de parcelas sucessivas, que considerem um volume mínimo nos reservatórios a ser garantido em 30 de abril de 2015, da ordem de 10% do volume útil do sistema.

Segundo o diretor da ANA, Vicente Andreu, se o nível de armazenamento no Sistema Cantareira não chegar a abril com 10% do volume útil, o próximo período seco será ainda mais restritivo para o abastecimento.

Nesta quarta-feira, o sistema aparece com 11,8%, considerando a primeira e a segunda parcelas de volume morto.

Portanto, além de recuperar a parcela utilizada do volume morto, teria que acumular adicionais 10%.

Questionado se considerava possível alcançar a meta no período, ele disse que o DAEE ainda não pensou nisso.

"Pode ser que seja viável, vai depender de como a estação chuvosa vai se apresentar, ainda não dá para saber", disse Segamarchi.

O superintendente lembrou que as chuvas dos últimos dias ainda não se traduziram em vazão por causa do chamado efeito esponja e demonstrou preocupação com a possibilidade da população reduzir o ritmo de redução do consumo com a chegada do período úmido.

"Queremos fazer um apelo para que a população continue economizando, mesmo que os níveis dos reservatórios se recuperem", disse.

"Se não for por conta do bônus, que seja pelo comprometimento com o resto da população", completou.

Segamarchi negou que tenha havido uma demora por parte do DAEE em responder à ANA sobre essa questão, como indicou mais cedo o diretor Vicente Andreu.

Ele disse que embora o DAEE não tenha respondido oficialmente o ofício da ANA de 17 de outubro, técnicos dos dois órgãos já estavam em discussões.

O superintendente esteve hoje na CPI da Sabesp, da Câmara Municipal, após ser intimado a prestar depoimento.

No entanto, ele não chegou a ser questionado na sessão desta quarta-feira, que também contou com a presença de outros convidados.

Ele deve estar na reunião da semana que vem.

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