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O polêmico reajuste ao STF; Lula denunciado, de novo; Theresa May faz apelo e mais…

Theresa May na Câmara dos Comuns em Londres (Reuters/Reuters)

Theresa May na Câmara dos Comuns em Londres (Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2018 às 07h13.

Reajuste ao Supremo

O presidente Michel Temer sancionou nesta segunda-feira (26) o reajuste dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Com o reajuste de 16,38%, os salários dos ministros passarão de 33,7 mil reais para 39 mil reais e terão impacto direto nas contas do próximo governo. Assim que o atual presidente aprovou o aumento, o ministro Luiz Fux revogou liminar que garantia pagamento de auxílio-moradia para juízes, integrantes do Ministério Público, Defensorias Públicas e tribunais de contas. O benefício atualmente pago a juízes de todo o país é de cerca de 4 mil reais. O aumento do salário dos integrantes do STF foi aprovado em 7 de novembro pelo Senado. Temer tinha até esta semana para sancionar ou vetar. Segundo cálculos das consultorias de Orçamento da Câmara dos Deputados e do Senado, a proposta implicará gasto adicional total de 4 bilhões de reais em 2019 aos cofres públicos.

Lula denunciado, de novo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi denunciado nesta segunda-feira (26) por crime de lavagem de dinheiro pela força tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo. Em nota, o Ministério Público Federal apontou que Lula influenciou em decisões do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que resultaram na ampliação dos negócios do grupo brasileiro ARG naquele país africano. Em troca, o presidente recebeu 1 milhão de reais dissimulados na forma de uma doação da empresa ao Instituto Lula. No entendimento do órgão, a doação foi um pagamento de vantagem da ARG a Lula por ele ter influenciado o presidente da Guiné Equatorial, o que configura crime de lavagem de dinheiro. Segundo o comunicado, as provas que comprovariam o crime foram encontradas em e-mails do Instituto Lula apreendidos em busca e apreensão realizada no local em março de 2016 na Operação Aletheia, 24ª fase da Operação Lava Jato de Curitiba. Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá (SP), crime pelo qual cumpre pena em Curitiba desde abril.

Afastado, de novo

A fabricante de automóveis Mitsubishi Motors informou, nesta segunda-feira (26), que seu conselho de administração Carlos Ghosn foi excluído da posição de presidente do colegiado. A demissão de Ghosn, após sua prisão e demissão da parceira de coalizão Nissan Motor na semana passada por suspeita de irregularidades financeiras, marca o fim de seu reinado nas montadoras japonesas apenas dois anos após eles ter sido elogiado por levar um controle rígido para a Mitsubishi Motors na sequência de um escândalo de fraudes em 2016. O presidente-executivo da empresa, Osamu Masuko, vai assumir temporariamente o cargo de presidente do conselho de administração, disse a montadora.

GM corta

A montadora General Motors anunciou que vai cortar a produção de modelos com vendas fracas e demitir pessoal na América do Norte, diante de um mercado estagnado para sedãs movidos a gasolina. O anúncio marca a maior reestruturação da maior montadora de veículos da América do Norte desde que foi resgatada pelo governo dos Estados Unidos uma década atrás. A montadora americana planeja interromper em 2019 a produção em três fábricas em Ohio e Michigan, nos EUA, e Ontário, no Canadá. A companhia também planeja parar de produzir vários modelos montados nestas fábricas, incluindo o Chevrolet Cruze, o Cadillac CT6 e o Buick LaCrosse. A GM afirmou que assumirá encargos relacionados aos cortes de 3 bilhões a 3,8 bilhões de dólares, mas espera que as ações melhorem o fluxo de caixa livre anual em 6 bilhões de dólares até o final de 2020.

IPO do Airbnb?

A companhia de aluguel de residências para temporada Airbnb anunciou, nesta segunda-feira (25), a contratação de Dave Stephenson como vice-presidente financeiro, em preparação para uma aguardada oferta inicial de ações (IPO) no próximo ano. Stephenson começará a trabalhar na Airbnb em janeiro, e vai substituir Laurence Tosi, que deixou a empresa em fevereiro. Stephenson, que trabalhou na Amazon por 17 anos, era até recentemente vice-presidente financeiro da área de consumo global da varejista online, responsável por todas as vendas dos sites da Amazon, incluindo pelo serviço Prime. A Airbnb está avaliada por investidores em 31 bilhões de dólares.

Venezuela vai receber ajuda

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou, nesta segunda, a libração de 9,2 milhões de dólares em ajuda humanitária para a Venezuela. Segundo a Organização, esta é a primeira vez que um tipo de ajuda humanitária é concedido a um país latino-americano, e que pode indicar uma mudança no posicionamento do presidente Nicolás Maduro, que vinha se recusando em aceitar ajuda internacional. Ele negava que houvesse crise humanitária em seu país, e que isso era uma “crise inventada pelos Estados unidos”, para intervir no país. O dinheiro será usado para programas de assistência nutricional. Segundo o Fundo de Resposta Emergencial Central (Cerf), a ajuda terá como foco principal crianças de até cinco anos, grávidas e lactantes e venezuelanos vulneráveis em comunidades de fronteira.

Conflitos na fronteira

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (26) que o México deve enviar migrantes que buscam asilo nos EUA de volta aos seus países. O comunicado ocorreu um dia após autoridades americanas fecharem a fronteira mais movimentada do sul do país e lançar gás lacrimogêneo na multidão. Centenas de integrantes da caravana incluindo mulheres e crianças protestaram pacificamente no domingo com gritos de “Não somos criminosos! Somos trabalhadores”. Quando se aproximaram da fronteira com os EUA, foram parados por autoridades mexicanas, que disseram para que aguardassem permissão. Também no domingo, autoridades americanas reabriram a passagem no ponto de entrada de San Ysidro, entre San Diego e Tijuana, a fronteira terrestre com maior tráfego no Hemisfério Ocidental, após fechá-la durante diversas horas. Trump prometeu que os migrantes em busca de asilo não entrarão com facilidade no país e nesta segunda ameaçou voltar a fechar a fronteira EUA-México, que se estende por 3.200 quilômetros.

May pede aprovação

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, realizou nesta segunda-feira na Câmara dos Comuns em Londres uma defesa do acordo fechado por ela para a saída do país da União Europeia, o chamado Brexit. De acordo com May, os deputados precisam avalizar o texto, ou rejeitá-lo e “voltar à estaca zero” no diálogo com Bruxelas. Ela comentou que, como é natural numa negociação, os dois lados tiveram de ceder e nenhuma das partes está totalmente feliz com o resultado, mas argumentou que “não há alternativa”. O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, porém, qualificou as negociações como “um fracasso” e argumentou que o acordo deixará o país “bem pior”, com menos crescimento econômico. Além disso, vários deputados mostraram temer o risco de que ainda se materialize mais adiante uma “fronteira dura” entre a Irlanda e a Irlanda do Norte. O Reino Unido deve deixar o bloco em 29 de março de 2019, mas haverá a partir daí um período de transição. May argumentou que isso será crucial para garantir uma transição “suave o ordenado”, inclusive dando segurança às empresas.

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