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ÀS SETE - Milhares de manifestantes foram às ruas no início da noite no Rio e em SP para protestar contra o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco

Marielle: vigília em protesto pelo assassinato da vereadora (Ricardo Moraes/Reuters)

Marielle: vigília em protesto pelo assassinato da vereadora (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2018 às 07h22.

Última atualização em 16 de março de 2018 às 07h26.

Manifestações pelo Brasil

Milhares de manifestantes foram às ruas no início da noite no Rio de Janeiro e em São Paulo para protestar contra o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e pedir justiça, investigação rápida e punição dos culpados, além de criticar a violência e a intervenção federal no estado. No Rio, os manifestantes se concentraram diante do Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no fim da tarde e depois seguiram pela Avenida Rio Branco em direção à Cinelândia, na região central. Antes, o velório na sede da Câmara Municipal também reuniu uma multidão de manifestantes. Em São Paulo, os manifestantes se concentram na região próxima ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, que teve as duas pistas interditadas em razão do protesto.

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Investigação federal?

Raquel Dodge, procuradora-geral da República, deve levar a investigação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e de e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, no Rio de Janeiro, para a esfera federal. Em parecer, ela solicitou que a Polícia Federal adote diligências de investigação necessárias. Dodge também iniciou um procedimento jurídico, conhecido como Deslocamento de Competência. Dodge deve levar o pedido ao Superior Tribunal de Justiça. Se aprovado pelo colegiado, as investigações vai deixar o Rio de Janeiro. Mais cedo, o chefe da Polícia Civil do Estado do Rio, Rivaldo Barbosa, disse que a instituição tem todas as condições de resolver o caso, descartando ajuda da Polícia Federal. Aqui vale lembrar uma estatística aterradora: segundo pesquisa do Instituto Sou da Paz, o índice de esclarecimento de crimes no Rio de Janeiro é de apenas 11%.

Licença para afastar

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou, nesta quinta-feira, que planeja se licenciar no início de abril e voltar à Câmara para apresentar o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso. Segundo ele, com base na lei do impeachment, está sendo redigido um pedido, com o auxílio de juristas e parlamentares, baseado na evidente atuação político-partidária e em sua falta de decoro no momento em que se sentiu no direito de desrespeitar os Três Poderes da República. De acordo com uma fonte próxima ao ministro, a decisão está tomada e Marun só mudará de ideia se o presidente Michel Temer lhe pedir diretamente para fazê-lo, o que até agora não aconteceu. Barroso atraiu a ira do Palácio do Planalto por ter determinado a quebra do sigilo bancário do presidente no chamado “inquérito dos portos” e depois também por ter mantido a suspensão de pontos do decreto do indulto de Natal assinado por Temer em dezembro. Para o ministro, “Barroso quebra, agride e desrespeita a Constituição, e ministros não estão no STF para quebrar a Constituição”.

Mortes por febre amarela aumentam

Dados do último boletim do Ministério da Saúde revelam que o número de mortes por febre amarela no Brasil chegou a 300. Entre 1º de julho de 2017 e 13 de março de 2018 foram confirmados 920 casos da doença, com 300 óbitos. O indicador já é muito superior ao mesmo período do ano anterior, que teve 610 casos confirmados e 196 óbitos. Minas Gerais tem o maior número de casos confirmados (415), seguido por São Paulo (376) e Rio de Janeiro (123). Apesar das estatísticas muito superiores às apresentadas durante o período epidemiológico anterior, que foi de julho de 2016 a junho de 2017, a pasta alega que atualmente a doença atinge áreas metropolitanas com maior contingente populacional.

Quatro anos, quatro perdas

A Petrobras teve prejuízo de 446 milhões de reais em 2017, o quarto ano seguido de perdas. No ano anterior, o prejuízo da estatal foi de 14,8 bilhões de reais, impactado por acordos com acionistas nos Estados Unidos e por adesão a programas de regularização de débitos federais. Apesar de ser o quarto resultado negativo da estatal, o acumulado de 2017 representa uma melhora de 97% ante o exercício de 2016. Segundo a Petrobras, excluindo o acordo bilionário da ação coletiva, que a empresa teve de firmar para ressarcir acionistas americanos por perdas com corrupção, a companhia apresentaria um lucro de 7 bilhões de reais. No último trimestre do ano passado, a empresa teve um prejuízo de 5,48 bilhões de reais, desempenho aquém do esperado por analistas e revertendo o resultado do mesmo trimestre do ano anterior, quando lucrou 2,51 bilhões de reais. Os papeis da petroleira caíram 4,78% no Ibovespa, contribuindo para uma queda de 1,3% no índice nesta quinta-feira.

100 milhões de dólares

A startup brasileira Decora, especializada na criação de cenários de decoração em 3D, foi vendida para a americana CreativeDrive, companhia global de criação de conteúdo para moda e decoração, por 100 milhões de dólares. É o segundo maior negócio com empresas de tecnologia do país no ano, depois da venda do aplicativo de transporte privado 99 para a chinesa Didi Chuxing. Criada em Florianópolis, a Decora automatiza a criação de modelos de produtos e cenários 3D que são utilizados por e-commerces. Dessa forma, os clientes podem montar ambientes e editar, adicionar, remover e modificar as imagens de forma dinâmica na própria plataforma.

Ajuda não chega a tempo

Milhares de pessoas começaram a deixar a região síria de Ghouta nesta quinta-feira. Segundo a Organização Observatório Sírio, estima-se que pelo menos 12.500 pessoas tenham deixado o território, que é palco de ataques aéreos desde fevereiro, e estejam indo para outras cidades, como Ain Terma. A pé, os civis carregam roupas, comidas e as crianças menores. A região de Ghouta, que é ocupada por milícias rebeldes, tem sido atacada por tropas militares do governo sírio e russo. A Organização das Nações Unidas realizou duas resoluções de cessar-fogo na região, que não foram respeitadas pelos combatentes. Nesta semana, a Organização Cruz Vermelha conseguiu enviar 25 caminhões com alimentos à região, que poderá suprir 26.000 pessoas por um mês. Estima-se que desde o início dos ataques, em meados de fevereiro, pelo menos 1.100 pessoas tenham morrido e milhares estejam feriadas.

Troca de expulsões

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou, nesta quinta-feira, que a Rússia vai expulsar diplomatas britânicos “em breve”. A expulsão é uma resposta à decisão do Reino Unido de expulsar, na quarta-feira, 23 representantes do governo russo. A crise diplomática entre os países teve início após o ex-agente russo Sergei Skripal e sua filha Yulia serem encontrados envenenados na Inglaterra. Desde então, o governo britânico acusa o russo de autoria do envenenamento. Em Londres, o ministro das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, intensificou a retórica contra a Rússia, acusando o país de se orgulhar do ataque contra Sergei Skripal como uma maneira de assustar qualquer um que enfrente o presidente Vladimir Putin.

Novo pedido contra Kuczynski

O Congresso peruano aprovou, nesta quinta-feira, um novo pedido para destituir o presidente Pedro Pablo Kuczynski. Ele é acusado de mentir sobre suas relações com a empresa brasileira Odebrecht, investigada em casos de corrupção. A iniciativa é a segunda em três meses promovida pela oposição e foi aprovada por 87 votos a favor, 15 contra e 15 abstenções de parlamentares no Congresso unicameral. Kuczynski, que assumiu o cargo em julho de 2016, evitou sua destituição em dezembro graças ao apoio de parlamentares dissidentes do maior partido de oposição, Fuerza Popular, liderados pela ex-candidata presidencial Keiko Fujimori.

Corte rejeita expulsão de africanos

A Corte Suprema de Israel suspendeu, nesta quinta-feira, o plano governamental de expulsar milhares de africanos do país. Em janeiro deste ano, o governo israelense afirmou que deportaria mais de 38.000 africanos ilegais no país. Segundo o Parlamento israelense, a medida era uma tentativa de defender a fronteira do país. O projeto tinha como meta ajudar financeiramente imigrantes que aceitassem voltar a seu país de origem. Aqueles que recusassem seriam presos e compulsoriamente deportados. Os imigrantes vêm principalmente da Eritreia e do Sudão, região de extrema pobreza do continente africano. Para a Corte, o pedido viola o princípio de ajuda humanitária, e por isso ordenou provisoriamente que o país não realize a deportação. Quando anunciado, o programa foi duramente criticado pelo Auto Comissariado da ONU.

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