Lula: fatos sobre o financiamento de Kadafi foram apontados pelo ex-ministro Antonio Palocci (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 07h30.
Última atualização em 8 de dezembro de 2017 às 07h37.
Palocci: Lula e Kadafi
A revista VEJA publicada nesta sexta-feira revela, em reportagem de capa, que o ex-ditador líbio Muamar Kadafi financiou o PT e seu líder máximo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A revelação está contida na proposta de delação entregue pelo ex-ministro Antonio Palocci ao Ministério Público. Segundo ele, em 2002 Kadafi enviou secretamente ao Brasil 1 milhão de dólares para financiear a campanha eleitoral do então candidato Lula. A denúncia, se confirmada, poderia levar à cassação do registro do PT.
-
Às Sete – um guia rápido para começar seu dia
Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:
654 milhões de reais
A força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba devolveu nesta quinta-feira 654 milhões de reais para a Petrobras, dinheiro recuperado no último ano pelos acordos de delação premiada e de leniência. No total, desde o início das investigações, foram devolvidos 1,5 bilhão de reais à estatal. Pela estimativa, o valor representa 13% do previsto no ato de fechamento dos acordos em Curitiba e Brasília, que somariam 10,8 bilhões de reais. Nesta quinta, foram devolvidos mais de 510 milhões de reais pela leniência de cinco empresas, entre elas Braskem e Andrade Gutierrez, e mais de 143 milhões de 36 delatores, entre eles Ricardo Pessoa, da UTC. “Esta é uma amostra do que está por vir se as investigações puderem continuar. É uma árvore frondosa que cresce no deserto, num ambiente hostil, em que pequena parte dos recursos é devolvida”, afirmou o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol. “É preciso que o Congresso Nacional, com o seu trabalho, mantenha isso”.
_
Previdência adiada (de novo)
O governo Michel Temer reconhece que não será capaz de agendar a votação da reforma previdenciária na próxima semana. Dessa forma, seria possível apenas realizar a votação na última semana de trabalho do Congresso, com segundo turno em 2018. O recesso parlamentar tem início no dia 23 de dezembro. “Nós vamos trabalhar para votar neste ano. Nós temos que construir deputado a deputado, deputada a deputada, as condições para se votar a reforma da Previdência”, disse, O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o governo avalia devolver cargos aos deputados que foram punidos nas votações da denúncia contra o presidente em troca de apoio.
-
A mistura do Mercosul com Egito
Foi publicado, em Diário Oficial, nesta quinta-feira um decreto que firma um acordo de livre comércio entre o Mercosul e o Egito. A assinatura do acordo data de 2010, mas só entrou em vigor este ano. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o acordo é o primeiro celebrado pelo bloco sul-americano com um país do continente africano e beneficia 63% das exportações brasileiras para o país. O Egito é o maior importador de produtos brasileiros na África, com um fluxo comercial de 1,86 bilhão de dólares, sendo 1,77 bilhão só de exportações brasileiras para o país.
_
É bolha ou não é?
Uma pesquisa publicada pela consultoria Natixis Investment Managers afirma que 64% dos investidores institucionais acreditam que as altas sequenciais da cotação do bitcoin sejam indícios de que o mercado vive uma bolha. O levantamento foi feito com 500 investidores institucionais do mundo todo, responsáveis fundos com mais de 19 trilhões de dólares em ativos. Nesta quinta-feira, o bitcoin superou o patamar dos 15.000 dólares e chegou a valer 16.300 dólares na máxima do dia, uma alta de 15%, segundo a consultoria CoinDesk, umas das principais sobre a criptomoeda. No Brasil, o preço da moeda já supera os 50.000 reais.
_
JBS na busca do IPO
O frigorífico JBS mantém como prioridade os planos de fazer uma oferta inicial de ações (IPO) da sua subsidiária norte-americana na bolsa de Nova York. A ideia é parte do planejamento para reduzir o custo de capital. “O IPO ainda é prioridade, não tiramos do radar”, disse sem dar prazos o executivo chefe de operações da JBS, Gilberto Tomazoni, durante apresentação a analistas e investidores. Em outubro, a empresa cancelou o IPO da subsidiária americana JBS Foods International BV, após revelações de um esquema de corrupção envolvendo executivos do grupo e pagamento de propina a políticos, que implicou o presidente Michel Temer. No Ibovespa, as ações do frigorífico caíram 2,16%.
-
Justiça manda prender Cristina
A Justiça argentina ordenou, nesta quinta-feira, a prisão da ex-presidente e senadora eleita Cristina Kirchner. Segundo a justiça, Kirchner teria pessoalmente acobertado iranianos acusados de realizar um atentado contra um centro judaico que matou 85 pessoas em 1994. O grupo terrorista Ansar Allah reivindicou a autoria do ataque. A milícia é um braço do grupo libanês Hezbollah, aliada do governo iraniano. Além de Cristina, a ordem inclui seu ex-chanceler Héctor Timerman e outros ex-funcionários de seu governo. A ex-presidente foi eleita senadora nas eleições legislativas de outubro e, por isso, sua prisão precisa de aprovação do Congresso.
_
Coreia do Norte: “Guerra é inevitável”
O governo da Coreia do Norte afirmou, nesta quinta-feira, que os Estados Unidos estão ameaçando o país e que uma guerra é “inevitável”. O país americano realiza, juntamente com a Coreia do Sul, atividades militares na península coreana. Segundo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano, a pergunta mais importante é quando a guerra vai começar. Ele ainda afirmou que o país não deseja travar uma guerra com os Estados Unidos, mas ela é inevitável e eles não “se esconderão”. O governo da China reagiu logo em seguida ao comentário dizendo que espera que todas as partes mantenham a calma. Segundo o ministro de Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, tanto os Estados Unidos quanto a Coreia do Norte devem parar de se provocar.
–
Alemanha a caminho de uma coalizão
O Partido Social Democrata votou e aprovou, nesta quinta-feira, a retomada das negociações para formar uma grande coalização com a chanceler alemã, Angela Merkel. O líder do partido, Martin Schulz, conseguiu o que queria depois de proferir um discurso caloroso para os membros do partido, pedindo para que trabalhem pelos “Estados Unidos da Europa”. Ainda segundo ele o processo de coalização tratava da responsabilidade que o partido tem com o país e com as próximas gerações de alemães. A decisão pode ser considerada uma vitória do governo alemão, que tenta formar a coalizão desde o início do mês passado. Agora, Merkel e Schulz vão se reencontrar para renegociar a coalizão.
–
Manifestação em Bruxelas em apoio à Catalunha
Nesta quinta-feira, 45.000 pessoas foram às ruas de Bruxelas, em apoio ao movimento pró-independência da Catalunha. A manifestação tinha como objetivo chamar a atenção da União Europeia para a retirada da autonomia da região realizada pelo governo espanhol. Carles Puigdemont, ex-líder catalão, compareceu à manifestação e foi aclamado pelos manifestantes, que o chamavam de “presidente Puigdemont”. Exilado na Bélgica desde que declarou a independência da Catalunha, Puigdemont será julgado, juntamente com ex-membros de seu governo, no dia 21 de dezembro, por rebelião e sedição. Nesta semana, a Espanha iniciou a campanha eleitoral para as eleições regionais da Catalunha.
–
Senador renuncia após denúncia de assédio sexual
O senador americano e ex-comediante Al Franken anunciou, nesta quinta-feira, que vai renunciar ao cargo devido a uma série de denúncias de assédio sexual. Segundo Franken, ele desiste do cargo como senador, mas não renuncia ao direito de falar e se expressar. A decisão foi tomada após mais uma mulher o acusar de assédio sexual. Ao todo, oito mulheres o acusaram de assédio sexual. Ele negou a maioria das denúncias e afirmou que se lembra de alguns casos “de forma diferente”. Na terça-feira, o deputado democrata John Conyers também renunciou ao cargo depois de ser acusado de assédio sexual.
–
Austrália aprova lei de casamento gay
O Parlamento da Austrália aprovou, nesta quinta-feira, um projeto de lei para a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. A lei foi proposta após um referendo que teve resultado favorável à união homossexual. A Austrália é a 25ª nação a legalizar o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo.