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ÀS SETE - O presidente Michel Temer (PMDB) definiu o nome do delegado Fernando Segóvia como novo diretor-geral da Polícia Federal (PF)

PF (Vagner Rosário/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2017 às 07h18.

Última atualização em 9 de novembro de 2017 às 07h19.

Novo comando na PF

O presidente Michel Temer (PMDB) definiu o nome do delegado Fernando Segóvia como novo diretor-geral da Polícia Federal (PF). Ele substituirá Leandro Daiello, que estava no cargo desde 2011. O presidente se reuniu com Segóvia e o ministro Torquato Jardim (Justiça) no começo da tarde desta quarta-feira. No novo cargo, o delegado será o responsável por chefiar as investigações criminais em curso no órgão, incluindo a Operação Lava-Jato. Integrantes da força-tarefa da operação, no entanto, acham a troca pouco usual, uma vez que o mandato do presidente Temer termina em pouco mais de um ano. Além disso, integrantes e ex-integrantes do governo são alvos de investigações da instituição.

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Bolsonaro divulga carta

O deputado Jair Bolsonaro baixou o tom do discurso em uma “carta aos brasileiros” enviada com exclusividade ao site O Antagonista. No texto, o pré-candidato afirma entender o “interesse da sociedade pela equipe de acadêmicos e profissionais que estão integrando nosso time”, em referência às notícias que têm circulado sobre seus encontros com o economista do Ipea Adolfo Sachsida. A carta ainda diz que a equipe está sendo montada com “professores de algumas das melhores universidades do Brasil e da Europa. Indivíduos que são referência na academia, com vários papers publicados em revistas ranqueadas, com larga experiência profissional e sem máculas em seus respectivos históricos”, e que nenhum de seus membros “defende ideias heterodoxas ou apreço por regimes totalitários”. A frase é uma mudança de tom no discurso de Bolsonaro que, no impeachment da presidente Dilma Rousseff, exaltou o coronel Brilhante Ustra, primeiro militar reconhecido como torturador da época da ditadura militar brasileira.

Mantega é denunciado pelo MPF

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi denunciado criminalmente nesta quarta-feira pela força-tarefa do Ministério Público Federal em Brasília por corrupção e lavagem de dinheiro na investigação feita pela operação Zelotes. A denúncia refere-se ao julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) de multas aplicadas a uma empresa de um amigo do ex-ministro. O empresário Victor Sandri teria sido livrado de uma multa de 110 milhões por intervenção do ex-ministro. No início do mês passado, a Justiça Federal de Brasília rejeitou um acordo proposto por Mantega para evitar que ele pudesse ser preso preventivamente. Além de Mantega, foram denunciados o ex-presidente do Carf Otacílio Cartaxo e outras 12 pessoas.

Cabral teria pago por dossiês contra juiz

Uma investigação sigilosa da Polícia Federal apura se o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB) ordenou, de dentro da cadeia, a produção de dossiês contra o juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato no Rio. A informação foi veiculada nesta quarta-feira pelo Jornal Hoje, da TV Globo. Segundo a reportagem, a denúncia partiu de dentro da cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte carioca, onde estão detidos os investigados pela Lava-Jato no Rio. A informação seria a de que o peemedebista estaria usando um fundo milionário de origem desconhecida para bancar os dossiês sobre o magistrado. Conforme a TV Globo, houve pesquisas por anotações criminais de Bretas e da mulher dele, a também juíza Simone Bretas, no sistema da Polícia Civil fluminense em janeiro, maio e setembro de 2017, após, portanto, a prisão do ex-governador em novembro de 2016.

Produção de veículos sobe

A produção de veículos em outubro subiu 5,3% na comparação com setembro e avançou 42,2% em relação ao mesmo mês de 2016, para 249.900 unidades. Os números foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Segundo a instituição, as vendas de veículos no país no mês passado somou 202.857 unidades, alta de 1,8% na comparação mensal e de 27,6% ante o mesmo mês de 2016. As exportações subiram 66,6% em comparação com outubro do ano anterior com a demanda forte de países como a Argentina.

TCU: 72 obras irregulares

O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou irregularidades graves em 72 das 94 obras federais de grande porte fiscalizadas em 2017. Segundo a corte, caso os problemas sejam sanados, a economia estimada é de 3,5 bilhões de reais. Projetos deficientes e sobrepreço nos custos foram as principais falhas encontradas. O tribunal pedirá ao Congresso que paralise os contratos de 11 desses empreendimentos, que têm um orçamento de 25 bilhões de reais. O bloqueio caberá à Comissão Mista de Orçamento. A obra mais emblemática na lista é a Usina de Angra 3, envolvida em esquemas de corrupção investigados na Operação Lava Jato e que tem custo total estimado em 17,7 bilhões de reais.

Oi pede mais prazo

A operadora Oi, que está em recuperação judicial, pediu à Anatel (órgão regulador do setor) prazo adicional de sete dias para demonstrar que a aprovação e execução de proposta de apoio ao plano de recuperação (PSA) judicial não oferece riscos aos serviços da empresa. A Anatel está analisando o pedido, segundo informado em nota. O órgão também informa que a Oi “apresentou, tempestivamente, a minuta do PSA aprovada na reunião do conselho de administração realizada no dia 03 de novembro de 2017”. A companhia tem assembleia de credores marcada para o dia 10 de novembro.

Gigante chinesa vira acionista da Snap

A companhia de serviços de internet Tencent adquiriu, nesta quarta-feira, 2 bilhões de dólares em ações da Snap, dona do aplicativo Snapchat. A Tencent comanda a gigante chinesa WeChat e agora é uma das mais importantes acionistas do aplicativo de mensagens. Segundo uma publicação da Snap, a chegada da Tencent vai permitir uma troca de experiências e ideias que serão positivas para ambos. A Tencent é uma das companhias que mais adquirem empresas de tecnologia do mundo e faturou mais de 4,3 bilhões de dólares com jogos somente no primeiro semestre deste ano. Ela também detém 5% das ações da fabricante de automóveis elétricos Tesla.

Duterte não quer falar sobre direitos humanos

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, afirmou que vai pedir para Trump “desencanar” dos direitos humanos. Segundo ele, se Trump perguntar, ele vai responder que essa questão é problema dele, e que quem cuida de seu país é ele, e mais ninguém. O presidente filipino é criticado pela comunidade internacional por violar os direitos humanos em sua campanha contra o tráfico de drogas. Mais de 3.900 filipinos foram sumariamente executados pelo governo desde o início do projeto de combate às drogas. Trump vai se encontrar com Duterte na Assembleia da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), no Vietnã. Essa será a última parada de Trump na Ásia, numa viagem de 12 dias pelo continente.

Mianmar pede que ONU não interfira

O governo de Mianmar avisou, nesta quarta-feira, que as repreensões da Organização das Nações Unidas (ONU) só vão dificultar o fim da crise humanitária dos rohingyas. Em tom de desagravo, a líder birmanesa Aung Sang Suu Kyi afirmou que as questões entre a minoria muçulmana, Bangladesh e Mianmar devem ser resolvidas bilateralmente, sem a intervenção do Conselho de Segurança da ONU. Na segunda-feira, o conselho pediu que Mianmar garantisse que não usaria mais força militar contra a minoria, além de ter expressado grande preocupação com a situação humanitária na região. Desde agosto, 600.000 pessoas da minoria muçulmana rohingyas fugiram de Mianmar e procuraram refúgio em Bangladesh. A ONU considerou as ações de Mianmar como uma limpeza étnica.

Alemanha libera registro de intersexual

O Tribunal Constitucional da Alemanha solicitou ao governo alemão, nesta quarta-feira, que as certidões de nascimentos possam ter um terceiro sexo. Além do feminino e masculino, a pessoa poderá optar por registrar como intersexual ou diverso, numa ação que visa proteger a personalidade das pessoas que não se identificam com os gêneros binários. A Câmara dos Deputados tem até 2018 para articular a decisão do Tribunal. Em 2013, a Alemanha realizou uma reforma e passou a permitir que pais não decidam o sexo de seus filhos quando nascem. Estima-se que 80.000 pessoas sejam intersexuais na Alemanha.

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