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ÀS SETE - O operador do PMDB Lúcio Funaro confirmou que recebeu dinheiro do empresário Joesley Batista para permanecer em silêncio na prisão

LÚCIO FUNARO: Delação do doleiro foi reenviada ao Supremo pela PGR / Alexandre Schneider/VEJA (Alexandre Schneider/VEJA)

LÚCIO FUNARO: Delação do doleiro foi reenviada ao Supremo pela PGR / Alexandre Schneider/VEJA (Alexandre Schneider/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2017 às 06h59.

Última atualização em 1 de setembro de 2017 às 08h10.

Delação de Funaro

Segundo reportagem do jornal O Globo, o operador do PMDB Lúcio Funaro confirmou em um dos depoimentos da delação premiada que recebeu dinheiro do empresário Joesley Batista para permanecer em silêncio na prisão. A acusação corrobora o discurso de Joesley em sua delação e presente nas gravações com o presidente Michel Temer.

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O peemedebista ouviu de Joesley que as dívidas com Funaro haviam sido quitadas e disse “tem que manter isso, viu?”. Depois de homologada, a delação de Funaro servirá de base para informações que entraram na nova denúncia que será apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer, por obstrução de Justiça e organização criminosa.

Funaro 2

A Procuradoria-Geral da República devolveu nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal o acordo de delação premiada do doleiro Lúcio Funaro. Ontem, o relator da Operação Lava-Jato, ministro Edson Fachin, havia devolvido o documento à PGR para ajustes em uma cláusula de improbidade administrativa.

Será feita nova análise e será designado um juiz auxiliar para ouvir o delator, atendendo ao trâmite de conferir que o colaborador não foi forçado a delatar.

Gestão Fufuca

O presidente da Câmara em exercício, André Fufuca (PP-MA), afirmou nesta quinta-feira que vai dar andamento ao processo caso a nova denúncia contra o presidente Michel Temer chegar à Casa enquanto estiver no cargo. “A gente respeita rigorosamente o regimento. Não há segredo. Se a denúncia for feita enquanto eu estiver na interinidade, nós daremos prosseguimento no que diz o regimento da Casa”, disse.

Ele voltará ao posto de segundo vice-presidente da Câmara no dia 6. Rodrigo Janot espera a homologação da delação de Funaro para finalizar o processo.

Melhor mês da bolsa

O Ibovespa fechou nesta quinta-feira em queda de 0,07%, terminando o mês de agosto com 70.835 pontos. Apesar da queda do pregão, o mês de agosto foi o melhor para a bolsa em 2017, com o Ibovespa avançando 7,46% no período. No mês, o destaque ficou com as ações da empresa de ensino Estácio, alta de 26,5%, com perspectivas animadoras para o setor de educação.

Ontem, o Bank of America destacou o bom momento do setor e selecionou a Estácio como um bom investimento. A estatal Eletrobras também teve forte alta, após anúncio do governo de que privatizaria a companhia, juntamente com um pacote de outros 56 ativos.

Pedro Faria deixará BRF

O Conselho de Administração da companhia de alimentos BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, destituiu o presidente da empresa, Pedro Faria. A decisão aconteceu em reunião realizada nesta quinta-feira.

Faria era sócio do fundo de investimentos Tarpon, que é dono de 8,5% da empresa. O presidente do conselho, Abilio Diniz, disse que Faria ficará no cargo até o fim do ano. “Foi uma decisão em conjunto”, disse.

Na OMC, Brasil contra Canadá

O Canadá bloqueou o processo aberto pelo Itamaraty na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra eventuais subsídios concedidos pelo governo canadense à fabricante de aeronaves Bombardier nos últimos dez anos.

O Itamaraty alega que, com o apoio do estado em mais de 20 programas, a Bombardier prejudicou as exportações da brasileira Embraer. Com o bloqueio de Ottawa, o Brasil só poderá voltar a apresentar a pauta à entidade daqui um mês. Pelas regras da OMC, a primeira consideração de um pedido de abertura de disputa comercial pode ser rejeitada pelo país sob ataque.

Mas, quando o Brasil voltar a apresentar o caso, a entidade é obrigada a dar início ao processo. Ainda nas notícias sobre a Embraer, o presidente Michel Temer disse nesta quinta-feira que recebeu a confirmação do presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, da compra de seis aviões cargueiros da Embraer KC-390. As ações da Embraer caíram 0,22%.

Explosões e mais mortes no Texas

A explosão em uma usina química no Texas, durante a madrugada de quinta-feira, assustou os Estados Unidos e trouxe uma nova preocupação para o governo. O grupo Arkema, que administra a usina de compostos farmacêuticos e material de construção, declarou nesta quinta-feira que houve duas explosões e uma fumaça preta, e que mais explosões poderiam ocorrer.

Desde que a tempestade Harvey passou pela região, 38 pessoas morreram e mais de 32.000 ficaram desabrigadas. Além disso, a produção de combustível na região foi afetada, o que causou um impacto na indústria de energia mundial. Com isso, o preço da gasolina nos Estados Unidos sofreu grande alta, fazendo com que os preços no mundo todo também aumentassem.

Líbano prende líder do Estado Islâmico

As autoridades libanesas prenderam um comandante do grupo terrorista Estado Islâmico nesta quinta-feira. Segundo a imprensa libanesa, o homem foi preso na cidade de Arsal, que fica no noroeste do país. A cidade, antes ocupada pelo grupo terrorista, foi recuperada pelas forças libanesas após semanas de ações militares.

O líder terrorista já foi interrogado e confessou sua participação em diversos ataques no Líbano, além de recrutar membros para o grupo e agir no financiamento do Estado Islâmico.

Os EUA sobrevoam fronteira com a Coreia do Norte

As forças aéreas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul realizaram, nesta quinta-feira, exercícios militares na fronteira entre o país sul-coreano e a Coreia do Norte. Os exercícios ocorrem dois dias após o país norte-coreano ter lançado um míssil sobre o Japão. Durante os exercícios, dois bombardeiros americanos e quatro caças furtivos sobrevoaram a fronteira.

As atividades militares se encerram hoje. A Coreia do Norte condenou os exercícios militares e disse, no editorial do jornal Rondong Sinmun, que tais exercícios podem resultar em “verdadeiros combates”. Os exercícios militares entre Estados Unidos e Coreia do Sul ocorrem todos os anos, e tiveram início na semana passada.

Além dos EUA e da Coreia do Sul, o Japão tomou uma atitude bélica: o Ministério da Defesa anunciou, também nesta quinta-feira, que vai aumentar o orçamento militar. O orçamento deste ano será de 5,26 bilhões de ienes (cerca de 48 milhões de dólares), 2,5% mais do que o do ano passado.

Reformas na França e nos EUA

França e Estados Unidos tentam aprovar duas reformas importantes e contraditórias para os governos: a trabalhista e a tributária, respectivamente. Na Europa, o presidente Emmanuel Macron tenta aprovar as reformas propostas na campanha eleitoral, que incluem a revisão do seguro-desemprego, a formação profissional e a aposentadoria francesa.

As reformas são consideradas as mais radicais das últimas décadas e encontram grande rejeição popular e sindical. No continente americano, Donald Trump tenta conquistar o apoio de seu próprio partido no Congresso para aprovar a reforma tributária, também proposta durante a campanha eleitoral.

A proposta ainda não foi muito especificada, mas pretende reduzir a cobrança de impostos da classe média e das empresas do país. Trump enfrenta certa resistência do próprio partido para votar seus projetos, e por isso tem tomado atitudes ameaçadoras e agressivas. Em discurso no estado de Missouri, na quarta-feira, deu o recado: “Não quero ser decepcionado pelo Congresso, entenderam?”

Inundações na Ásia matam mais de 1.200

Índia, Bangladesh e Nepal registraram, somente neste mês, mais de 1.200 mortes causadas pelas chuvas e inundações. É o período de monções, como é conhecido o fenômeno de intensas chuvas que ocorrem na Ásia e todos os anos durante o verão.

Porém, neste ano, as inundações causadas pelas chuvas tomaram proporções nunca vistas, e cerca de 40 milhões de pessoas foram atingidas. Estima-se que 18.000 escolas tenham sido destruídas ou danificadas, e mais de 1,8 milhão de crianças estejam sem ir à escola. Nesta quinta-feira, um prédio desabou na cidade indiana de Mumbai, e mais de 20 pessoas morreram.

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