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Cunha tem cinco dias úteis para apresentar alegações finais

No início de sua exposição, Cunha havia dito que só se manifestaria em relação ao truste Nethertin, e que não responderia questões sobre outros trustes


	Eduardo Cunha: “Apresentar o quê nesses cinco dias? É inaceitável. É rasgar a Constituição”, disse o advogado
 (Reprodução TV Câmara)

Eduardo Cunha: “Apresentar o quê nesses cinco dias? É inaceitável. É rasgar a Constituição”, disse o advogado (Reprodução TV Câmara)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2016 às 17h43.

Após quase oito horas de reunião, terminou há pouco, às 16h50 a reunião do conselho que investiga o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha.

Ao final, o relator Marcus Rogério (DEM-RO) foi questionado pelo advogado de Cunha, Marcelo Nobre, por ter dado, à defesa, um prazo de cinco dias úteis para a apresentação de suas alegações finais. A previsão para que o relatório seja apresentado é dez dias.

Segundo o advogado, o prazo seria curto inclusive pela possibilidade de o relatório conter acusações relativas a acusações que não tivessem relação com a natureza da representação contra Cunha.

No início de sua exposição, Cunha havia dito que só se manifestaria em relação ao truste Nethertin, e que não responderia questões sobre outros trustes dos quais tem participação, como Orion e Triumph, nem sobre as investigações da Operação Lava Jato.

Ao receber a notícia de que o prazo para as alegações finais da defesa seria de cinco dias úteis, o advogado de defesa reagiu.

“Apresentar o quê nesses cinco dias? É inaceitável. É rasgar a Constituição”, disse, argumentando que o fato de haver acusações além das relacionadas à natureza da representação inviabilizaria o cumprimento deste prazo.

Advogado e cliente deixaram o conselho às 16h36. Segundo Marcus Rogério, a inclusão desses pontos no relatório foi aprovada e está registrado nas notas taquigráficas.

“A defesa terá a possibilidade de arguir em relação aos embargos”, disse.

Mais cedo, o mesmo argumento, sobre as notas taquigráficas, foi apresentado pelo primeiro vice-presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Sandro Alex (PSD-PR).

“Vou me ater aos fatos provados na admissibilidade. Em primeiro lugar, o que estamos avaliando é a existência de dinheiro no exterior. Em segundo, a origem lícita desse dinheiro. Esses são os aspectos que a população quer saber”, disse.

"O truste, e nós estamos nos tornando pós-graduados em truste, o truste não tem dono. O truste não é conta, o truste não é investimento, o truste não é patrimônio. O truste é uma bênção. É uma expectativa divina. Esse dinheiro nasce. Pena que não para todos os brasileiros", acrescentou.

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