Brasil

Cunha silencia sobre Catta Preta; Motta nega perseguição

O presidente da Câmara não quis comentar as declarações da advogada, que disse ter encerrado a carreira e abandonado clientes na Lava Jato por ameaças


	O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): Beatriz Catta Preta havia sido convocada para prestar depoimento para explicar a origem de seus honorários
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): Beatriz Catta Preta havia sido convocada para prestar depoimento para explicar a origem de seus honorários (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2015 às 22h39.

Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não quis comentar as declarações da advogada Beatriz Catta Preta, que disse ter encerrado sua carreira e abandonado seus nove clientes que defendia na Operação Lava Jato por ter sido ameaçada pela CPI da Petrobras, comandada por um aliado do peemedebista.

Procurado pela reportagem após a exibição da entrevista de Catta Preta ao Jornal Nacional desta quinta-feira, 30, Cunha limitou-se a orientar que procurasse seu advogado, o ex-procurador-geral Antonio Fernando de Souza, que não atendeu ao telefonema da Agência Estado.

Mais cedo, antes da veiculação do depoimento da advogada, Cunha se recusou a falar sobre o assunto.

"Eu não comento sobre isso. Eu não comento isso. Então, pergunte à CPI. Sobre isso eu não falo", afirmou o presidente da Câmara no início da noite.

Beatriz Catta Preta havia sido convocada para prestar depoimento à CPI da Petrobras para explicar a origem de seus honorários. Dias depois, um de seus clientes, o lobista Julio Camargo, disse em delação premiada que Cunha havia pedido propina de US$ 5 milhões no esquema de corrupção da Petrobras.

O presidente da Câmara negou a acusação com veemência. Depois do episódio, Catta Preta resolveu fechar seu escritório.

Na entrevista desta noite, ela disse ter abandonado os clientes devido a supostas ameaças. Segundo a advogada, as intimidações "vêm dos integrantes da CPI, daqueles que votaram a favor da minha convocação".

O presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), disse, em nota, que não há perseguição à advogada. "O requerimento de convocação da advogada Beatriz Catta Preta foi aprovado por unanimidade no plenário da CPI da Petrobras. A vontade de investigar a origem dos honorários da advogada é suprapartidária, o que afasta de vez a acusação de perseguição", afirmou o deputado.

Acompanhe tudo sobre:AdvogadosCâmara dos DeputadosEduardo CunhaOperação Lava JatoPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil

Justiça Eleitoral condena Marçal por abuso de poder e o declara inelegível

Alexandre de Moraes determina suspensão do Rumble no Brasil

ViaMobilidade investirá R$ 1 bilhão nas linhas 8 e 9 para reduzir intervalos e reformar estações