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Cunha nega que Temer tenha atuado para comprar seu silêncio

Em sua fala aos policiais no último dia 14 em Curitiba, Cunha também rechaçou ter sido procurado pela PF e MPF para um acordo de delação premiada

Cunha: Cunha disse ainda não ter sido procurado pelo empresário Lúcio Funaro para tratar de qualquer repasse ilícito (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Cunha: Cunha disse ainda não ter sido procurado pelo empresário Lúcio Funaro para tratar de qualquer repasse ilícito (Rodolfo Buhrer/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de junho de 2017 às 22h03.

Brasília - O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou em depoimento na semana passada que em nenhum momento houve uma atuação do presidente Michel Temer ou de outro interlocutor do governo para comprar o seu silêncio e também rechaçou ter sido procurado por representantes da Polícia Federal ou do Ministério Público Federal a fim de propor um acordo de delação premiada, de acordo com inquérito da PF divulgado nesta terça-feira.

Em sua fala aos policiais no último dia 14 em Curitiba, onde está preso desde o ano passado, Cunha disse que isso desqualifica a chamada tese de compra do seu silêncio, conforme foi aventada pelo empresário Joesley Batista em conversa gravada com Temer.

O ex-presidente da Câmara - que já foi condenado na operação Lava Jato - também afirmou não ter sido procurado por ninguém, direta ou indiretamente, para tratar de repasses de dinheiro eventualmente destinados pelo grupo J&F Investimentos.

Cunha disse ainda não ter sido procurado pelo empresário Lúcio Funaro para tratar de qualquer repasse ilícito.

Ele destacou que a própria operação de busca e apreensão da PF na casa da irmã de Funaro, Renata, demonstra que o repasse de recursos da J&F ficaram com ela. O peemedebista disse que também não conhecia Renata Funaro.

O ex-deputado foi ouvido pela PF no curso do inquérito que investiga se Temer avalizou essa suposta operação. O presidente é investigado pelo Supremo Tribunal Federal se cometeu os crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa.

O ex-deputado disse no depoimento que não iria responder às perguntas feitas referentes às ações penais que ele responde perante a 13ª Vara Federal de Curitiba ou a 10ª Vara Federal do Distrito Federal.

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