Brasil

Cunha nega interferência em decisões da CPI da Petrobras

Presidente da Câmara é acusado por um dos delatores da Lava Jato de ter pedido US$ 5 milhões para viabilizar contrato de navios-sonda da Petrobras


	“Não participei, não participo nem participarei de qualquer decisão sobre investigações da CPI", disse Eduardo Cunha
 (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

“Não participei, não participo nem participarei de qualquer decisão sobre investigações da CPI", disse Eduardo Cunha (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2015 às 16h58.

Brasília - O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse hoje (30) que não interfere nas decisões da comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Petrobras.

“Não participei, não participo nem participarei de qualquer decisão sobre investigações da CPI, que tem a sua autonomia”, garantiu.

A manifestação de Cunha, divulgada em uma nota à imprensa, foi uma resposta à reportagem veiculada pelo jornal O Estado de S. Paulo que destaca que a cúpula da CPI solicitou à empresa de investigação Kroll prioridade às investigações sobre o lobista Júlio Camargo.

Cunha destacou que as “insinuações da reportagem” beiram a má-fé e negou ser o autor de constrangimentos de parlamentares em busca de sua defesa.

“A participação da direção da Câmara, por meio da Diretoria Geral, trata somente da contratação administrativa requerida pela CPI, nos termos de sua autonomia”, afirmou ao citar a contratação da Kroll.

Um dos delatores do esquema de corrupção na estatal, Júlio Camargo, disse, durante depoimento à Justiça do Paraná, que Cunha pediu US$ 5 milhões para viabilizar contrato de navios-sonda da Petrobras e exigiu pagamento de propina ao lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.

De acordo com a reportagem, os aliados do parlamentar esperam ter as informações da Kroll até o fim de agosto para desqualificar a delação premiada acordada pelo lobista.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCorrupçãoEduardo CunhaEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesGás e combustíveisIndústria do petróleoOperação Lava JatoPetrobrasPetróleoPolítica no Brasil

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022