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Cunha nega estar escolhendo dia para votar impeachment

O presidente da Câmara negou que esteja escolhendo o dia para votar o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma


	Eduardo Cunha: Cunha também negou para os jornalistas que esteja descumprindo decisão do ministro Marco Aurélio Mello
 (Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)

Eduardo Cunha: Cunha também negou para os jornalistas que esteja descumprindo decisão do ministro Marco Aurélio Mello (Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2016 às 18h14.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou nesta quinta-feira que esteja escolhendo o dia para votação do pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff no plenário da Casa, após críticas de parlamentares contrários ao impedimento de que planejaria fazer a votação no domingo, dia 17.

Em entrevista coletiva na Câmara, Cunha também negou para os jornalistas que esteja descumprindo decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que a Câmara instale comissão para analisar pedido de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer.

A comissão especial sobre o pedido de impedimento de Dilma deve votar o relatório favorável à abertura do processo na próxima segunda-feira. Cunha afirmou que uma vez votado o relatório, ele será lido na próxima sessão da Câmara, na terça, publicada no dia seguinte e terá sua discussão iniciada 48 horas depois, na sexta-feira, como prevê o rito.

“Eu não estou escolhendo dia, estou dizendo que vou seguir a sequência”, disse Cunha. Parlamentares governistas e aqueles que se posicionam contra o impeachment argumentam que Cunha pretende fazer a votação no dia 17 porque, pelo fato de ser domingo, possibilitaria a presença de manifestantes, adicionando mais pressão popular à votação. O deputado calcula que a discussão e votação do parecer da comissão especial deve durar cerca de três dias, uma vez que cada um dos 25 partidos terá uma hora para se pronunciar, além das inscrições individuais de discursos que surgirem.

“Quando você tem um volume de pessoas para discutir dessa natureza, se você for brecar pelo fim de semana... a utilização será de tal natureza que se você começar na segunda, por exemplo, você vai invadir o feriado do 21 de abril igualzinho”, argumentou.

SEM INDICAÇÃO DOS LÍDERES

Cunha aproveitou a entrevista para negar que esteja descumprindo a decisão liminar de Marco Aurélio, e argumentou que a instalação de uma comissão para analisar pedido de impeachment contra Temer depende de os líderes partidários indicarem os parlamentares que integrarão o colegiado.

O presidente da Câmara disse que já determinou aos líderes que indiquem os membros para compor a comissão. PT e PSOL já indicaram participantes, mas bancadas da oposição ainda não o fizeram.

“Eu não posso eleger uma comissão que não tem membro indicado”, disse o presidente da Câmara.

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