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Cunha nega aumento patrimonial e critica ministro da Justiça

Na nota, Cunha reitera que não recebeu qualquer vantagem indevida e "desafia" que sejam apresentadas provas


	Eduardo Cunha: o presidente da Câmara também reiterou acusação contra a Procuradoria-Geral da República (PGR) de promover uma "investigação seletiva"
 (Luis Macedo/ Câmara dos Deputados)

Eduardo Cunha: o presidente da Câmara também reiterou acusação contra a Procuradoria-Geral da República (PGR) de promover uma "investigação seletiva" (Luis Macedo/ Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2016 às 12h32.

Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou nesta sexta-feira que tenha obtido aumento patrimonial injustificado, e disse lamentar o que classificou de "atitude seletiva" do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao não coibir vazamentos de informações sigilosas envolvendo o deputado.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo na quinta-feira disse que, segundo relatório da Receita Federal, há indícios de aumento patrimonial de Cunha, sua mulher e sua filha incompatível com os rendimentos.

"Ao contrário do que foi criminosamente divulgado, sua variação patrimonial entre os anos de 2011 e 2014 apresenta uma perda de 185 mil reais, devidamente registrada nas declarações de renda", disse nota divulgada pela assessoria de imprensa da Presidência da Câmara dos Deputados.

Na nota, Cunha reitera que não recebeu qualquer vantagem indevida e "desafia" que sejam apresentadas provas.

O presidente da Câmara também lamentou no documento "o vazamento seletivo de dados protegidos por sigilos legal e fiscal que deveriam estar sob guarda de órgão do governo", aproveitando para criticar diretamente a postura do ministro da Justiça, que não teria agido para apurar a divulgação dessas informações contra Cunha.

"No entanto, bastou citarem algum integrante do governo para ele, agindo partidariamente, solicitar apuração imediata", diz a nota do deputado, referindo-se à determinação de Cardozo, na quinta-feira, para que a Polícia Federal investigue a divulgação de mensagens do ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Leo Pinheiro, envolvendo nomes como o do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner.

O presidente da Câmara também reiterou acusação contra a Procuradoria-Geral da República (PGR) de promover uma "investigação seletiva", e disse não haver problema na quebra de seus sigilos.

Cunha foi denunciado pela PGR sob acusação de receber 5 milhões de dólares em propina em esquema de corrupção na Petrobras, e é alvo de inquérito que apura a existência de contas bancárias no nome dele e de familiares na Suíça.

O deputado também é processado pelo Conselho de Ética da Câmara, acusado de mentir em depoimento à CPI da Petrobras quando negou que tivesse contas bancárias além das declaradas em seu Imposto de Renda.

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