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Cunha não deixa o Congresso trabalhar, diz Dilma

"O Congresso está parado. O senhor Eduardo Cunha não deixa o Congresso trabalhar desde o início do ano", afirmou


	Dilma: "A única coisa que lamento é que ele infelizmente conseguiu votar o impedimento e vocês assistiram a ele presidindo, com a maior cara de pau"
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma: "A única coisa que lamento é que ele infelizmente conseguiu votar o impedimento e vocês assistiram a ele presidindo, com a maior cara de pau" (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2016 às 17h24.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff atacou pela segunda vez nesta quinta-feira, 5, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dizendo que ele paralisou o Congresso para votar o impeachment dela.

"O Congresso está parado. O senhor Eduardo Cunha não deixa o Congresso trabalhar desde o início do ano", afirmou, em entrega de moradias do Minha Casa Minha Vida (MCMV), em Santarém (PA).

Mais cedo, Dilma comentou o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo.

"A única coisa que lamento é que ele infelizmente conseguiu votar o impedimento e vocês assistiram a ele presidindo, com a maior cara de pau, o processo na Câmara", afirmou, na cerimônia de inauguração da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

No evento em Santarém, Dilma voltou a dizer que é vítima de um "golpe", pois não cometeu crime de responsabilidade.

"É muito frágil daquilo que eles me acusam. O ex-presidente Fernando Henrique fez 101 decretos. E ele foi errado? Não, porque nunca foi crime", disse.

A presidente defendeu novamente a tese de que o impeachment é uma eleição indireta. "Não é o povo que está votando. Porque se apresentar para vocês um programa que corta benefícios sociais, não iria ter voto", disse.

Dilma disse novamente que não vai desistir de lutar pela permanência no cargo. "Eu acho que estou sendo vítima de uma injustiça e eu vou lutar pelo meu mandato, porque eu tenho responsabilidade em relação à democracia no meu País", afirmou.

Legado

Assim como mais cedo, na inauguração de Belo Monte, Dilma fez uma espécie de defesa do seu legado na Presidência. Ela ressaltou políticas de seu governo, como Bolsa Família, ProUni e Fies, e disse que o MCMV é a ação mais importante de seu mandato.

"Não tem esmola aqui. É o dinheiro que o povo paga de imposto voltando para o povo", afirmou.

"Por isso, o golpe que querem me dar é contra os nossos acertos, não contra nossos erros."

Em Santarém, Dilma entregou 3.081 casas, que totalizaram investimento de R$ 161,9 milhões. Ocorreram entregas simultâneas em Camaçari (BA), Uberaba (MG), Itapipoca (CE) e Campos dos Goytacazes (RJ). Ao todo, 6.597 unidades habitacionais foram construídas.

De acordo com informações do governo, o MCMV já beneficiou mais de 10 milhões de pessoas, com a entrega de 2,63 milhões de moradias em todo o país.

Existem, ainda, 1,59 milhão de moradias em obras e 4,22 milhões de contratadas. Desde a criação do programa, em 2009, já foram investidos R$ 294,5 bilhões para a construção de moradias populares.

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