EDUARDO CUNHA: decisão sobre seu futuro na CCJ ficou para a manhã desta quarta-feira / Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2016 às 18h51.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h51.
Não deu
As tentativas do governo de Michel Temer de controlar a eleição para presidente da Câmara não surtiram efeito. Marcelo Castro, ex-ministro de Dilma Rousseff e contrário ao afastamento da ex-presidente, será o candidato do PMDB. Ele fez 28 votos na eleição interna no partido, dez a mais que Osmar Serraglio, candidato preferido da presidência e também do ex-presidente da casa, Eduardo Cunha.
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Não tentei
Ao saber do resultado, o presidente interino disse que o resultado mostra que o Planalto “não interfere” nas decisões do partido. A ideia inicial do governo era que o PMDB não lançasse candidato próprio. Como isso não foi possível, o preferido era Serraglio. Temer vê com desconfiança a proximidade de Castro com o PT, que agora deve apoiar a candidatura.
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Cunha: “má-fé”
O deputado Eduardo Cunha falou por duas horas e quarenta minutos na sessão da Comissão de Constituição e Justiça. Ele sustentou que seu processo foi tratado com má-fé porque criou precedentes que vão contra as regras de tramitação de cassações na Câmara. Mais de 30 deputados estão escalados para falar e não há previsão de final para a sessão. Caso o relatório seja rejeitado, Cunha deve ser julgado pelo plenário no começo de agosto, mas é pouco provável que isso aconteça ainda nesta terça-feira.
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Sempre ele
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, rejeitou o pedido de Eduardo Cunha para arquivar o inquérito que o investiga sobre a formação de uma organização criminosa na estatal de energia Furnas. O inquérito é originado da delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral. Janot sustentou que existem provas suficientes para que se investigue a ligação de Cunha com a corrupção na estatal.
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Aécio e a Andrade
Ao analisar as informações contidas no celular de Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, a Polícia Federal apontou ligação entre Aécio Neves e a construtora. Em mensagem trocada com Oswaldo Borges, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais e tido como tesoureiro informal do senador, Azevedo fala sobre o repasse de valores a uma associação presidida por Andrea Neves, irmã de Aécio. As conversas são de agosto de 2014, no período das eleições presidenciais nas quais o tucano era candidato.
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Renan derrotado
O senador Romero Jucá mostrou sua força ao fazer sua vontade prevalecer frente a do presidente do Senado, Renan Calheiros, na votação do projeto de lei para tipificar o abuso de autoridade. Calheiros queria celeridade, enquanto Jucá prefere que o projeto seja apreciado depois do chamado recesso branco. Caso se torne lei, agentes públicos podem ser punidos até com prisão em casos de abuso de autoridade, como a divulgação de processos, inquéritos ou interceptações telefônicas.