Cunha: o ex-presidente da Câmara foi responsável por autorizar a abertura do processo de impeachment em 2015 (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de outubro de 2016 às 16h02.
Última atualização em 19 de outubro de 2016 às 16h36.
Brasília - Um dos principais aliados do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, disse nesta quarta-feira, 19, que o peemedebista já esperava ser preso, após ter o mandato cassado, em 12 de setembro.
"Ele achava que os caras poderiam prender. (...) Desde a cassação dele, sempre achou que a qualquer hora poderia ser preso", afirmou Paulinho, que disse ter falado a última vez com o aliado pessoalmente em Brasília, na segunda-feira ou terça-feira antes do feriado de 12 de outubro.
O deputado disse não saber se Cunha fará delação premiada. Segundo ele, antes de ser preso, o peemedebista falava que não delataria.
"Não dá para falar sobre isso. É uma questão de cada um. Depende da família também", disse o parlamentar, que é presidente do Solidariedade.
Paulinho da Força ainda brincou dizendo que, na prisão, o aliado terá mais tempo para escrever o livro sobre o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Cunha foi o presidente da Câmara responsável por autorizar a abertura do processo, em dezembro de 2015.
"Agora ele vai ter mais tempo", afirmou o presidente do Solidariedade. Paulinho disse que pretende ir visitar o ex-ministro José Dirceu (PT) em Curitiba, onde o petista também está preso, e aproveitar a viagem para visitar Eduardo Cunha.
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