Brasil

Cunha enriqueceu com corrupção, diz Petrobras

A Petrobras entrou no STF com pedido para figurar como assistente de acusação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha


	Eduardo Cunha (PMDB-RJ): segundo documento, o deputado enriqueceu com recursos "oriundos da sangria" de corrupção instalada na empresa
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eduardo Cunha (PMDB-RJ): segundo documento, o deputado enriqueceu com recursos "oriundos da sangria" de corrupção instalada na empresa (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2016 às 19h21.

Brasília - A Petrobras entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido para figurar como assistente de acusação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no processo em que ele é réu por receber US$ 5 milhões de propina em contratos de navios-sonda com a petroleira.

Segundo o documento, o deputado enriqueceu com recursos "oriundos da sangria" de corrupção instalada na empresa.

Em março deste ano, o STF aceitou a primeira denúncia contra Cunha, por suposto recebimento de propina pela venda de navios-sondas da Petrobras.

A Corte também aceitou a acusação da Procuradoria-Geral da República contra a prefeita de Rio Bonito, Solange Almeida (PMDB-RJ), ex-deputada e aliada de Cunha no esquema que garantiu ao parlamentar os repasses ilegais pelos quais responde.

"Mantém-se incólume o encadeamento narrativo e probatório indiciário que evidenciam que o 1° denunciado (Cunha), com o auxílio pontual porém decisivo da 2ª denunciada (Solange Almeida), locupletou-se ilegalmente de pelo menos US$ 5 milhões oriundos da sangria perpetrada por agentes diretores da requerente (Petrobras) e intermediadores financeiros nos dois contratos dos navios-sondas em questão", diz o documento enviado ao STF.

A estatal sustenta não haver dúvidas de que foi a maior vítima do esquema de corrupção apurado pela Operação Lava Jato, "pois sofreu diretamente os efeitos negativos do delito praticado".

O pedido para que a empresa seja assistente de acusação contra Cunha precisa ser autorizado pelo relator da Lava Jato, Teori Zavascki. Se for aceito, a estatal poderá auxiliar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e terá acesso à integra do processo, além de poder opinar sobre o caso.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisCorrupçãoEduardo CunhaEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Qual horário da prova do Enem 2024? Veja quando abrem os portões

Que horas acaba a prova do 2º dia do Enem 2024? Veja o tempo mínimo e máximo de realização do exame

Enem 2024: quem faltou no primeiro dia pode fazer a segunda prova?

Quais as regras para transportar animais no carro? Veja o que diz a lei