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Cunha diz que pode decidir até 2ª sobre impeachment de Dilma

Os pareceres sobre os pedidos de impeachment da presidente Dilma estão prontos, disse Eduardo Cunha


	Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha: "novembro ainda não acabou. Quem sabe segunda-feira?"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha: "novembro ainda não acabou. Quem sabe segunda-feira?" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2015 às 20h20.

Os pareceres sobre os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff estão prontos, disse nesta quinta-feira o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que afirmou também ser "possível" que decida sobre esses pedidos até segunda-feira.

Cunha havia afirmado anteriormente que despacharia todos os pedidos de impedimento da Dilma até o final deste mês e, indagado nesta quinta se o prazo estava mantido, lembrou que o mês acaba na segunda e adotou ar de mistério sobre se cumprirá o prazo.

"Novembro ainda não acabou. Quem sabe segunda-feira? Novembro acaba segunda, não estou ainda inadimplente, você pode cobrar a partir de segunda", disse o parlamentar.

Questionado se, portanto, decidiria sobre os pedidos de impeachment até a próxima segunda-feira, Cunha respondeu: "É possível, é possível".

Cabe a Cunha, como presidente da Câmara, dar ou não andamento a um pedido de impedimento da presidente.

Entre os pedidos pendentes de análise está o elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal.

Essa peça tem o apoio da oposição e é baseada, entre outros pontos, nas chamadas "pedaladas fiscais", já condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e em indícios apontados pelo Ministério Público junto ao órgão de contas de que essas manobras tiveram continuidade neste ano.

Cunha rompeu com o governo Dilma depois de ser acusado por um delator da Lava Jato de ter recebido 5 milhões de dólares do esquema de corrupção na Petrobras.

Ele é alvo de denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) por conta dessa acusação e também responde a inquérito, autorizado pelo Supremo, por conta da existência de contas bancárias em seu nome e de familiares na Suíça.

Responde ainda a um processo que pede a cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro, acusado de mentir em depoimento à CPI da Petrobras quando negou ter contas no exterior. Documentos dos Ministérios Públicos do Brasil e da Suíça apontaram a existência das contas no nome do peemedebista no país europeu.

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