Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha: "fui convidado gentilmente, aceitei o convite e fui com toda a educação" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2015 às 17h48.
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não quis mais uma vez comentar a ausência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no jantar oferecido pela presidente Dilma Rousseff aos peemedebistas na segunda-feira, 2.
Questionado por que atendeu ao convite, disse que foi por ser uma "pessoa educada".
"Fui convidado gentilmente, aceitei o convite e fui com toda a educação, como eu iria se você me convidasse para jantar na sua casa", respondeu aos jornalistas.
'Mal educado'
O presidente da Câmara ainda anunciou que pedirá a convocação do ministro da Educação, Cid Gomes (PROS). Cid teria dito, em visita à Universidade Federal do Paraná, que a Câmara abriga mais de 400 "achacadores".
"Ele vai ter que vir aqui explicar quem são os achacadores do Congresso. Um governo que tem como lema 'Pátria Educadora' não pode ter um ministro da Educação mal educado. Precisamos colocar isso à prova, vou levar o requerimento e colocá-lo em votação", avisou.
Na tarde desta quarta, o plenário da Casa já vota um requerimento apresentado pelo DEM para a convocação de Cid. A base governista trabalha para que o requerimento seja transformado em convite.
Direitos Humanos
Cunha afirmou que vai atuar para que o PT presida a Comissão de Direitos Humanos, conforme acordo firmado ontem entre os partidos. Hoje, o deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) apresentou candidatura avulsa contra a do petista Paulo Pimenta (RS).
"A Comissão de Direitos Humanos foi escolha do PT e tem que ficar com o PT. Tem que aprender a cumprir acordo", declarou. Ele confirmou que ligou para o deputado da bancada evangélica para que ele retirasse a candidatura.
Cunha ressaltou que não pode impedir candidatura avulsa de parlamentares do mesmo bloco. Ele sugeriu que o PSD, se for o caso, troque seus indicados para contornar o problema. "Esse é um instrumento que, como líder, nós sempre utilizamos. A gente retira da comissão aqueles que eventualmente estão se insurgindo contra o acordo. Talvez o líder do PSD faça isso", afirmou.