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Cunha autoriza criação de comissão sobre reforma política

O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha deve pedir que os partidos indiquem até segunda-feira, 11, os nomes dos parlamentares


	Eduardo Cunha ao ser eleito: expectativa é que a comissão seja instalada na próxima terça-feira
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eduardo Cunha ao ser eleito: expectativa é que a comissão seja instalada na próxima terça-feira (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 14h33.

Brasília - Menos de 24 horas após aprovar a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Política, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já assinou o ato autorizando a criação da comissão especial que analisará o tema.

A expectativa é que a comissão seja instalada na próxima terça-feira, dia 10.

Segundo a Secretaria-Geral da Mesa Diretora, 34 deputados integrarão o grupo. Cunha deve pedir que os partidos indiquem até segunda-feira, 11, os nomes dos parlamentares.

Na terça-feira, 3, o novo presidente da Casa conseguiu vencer a obstrução do PT e acelerou a tramitação do projeto.

De ofício, Cunha tirou da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a admissibilidade da PEC elaborada em 2013 por um grupo de trabalho coordenado pelo ex-deputado petista Cândido Vaccarezza (SP).

Há um ano, o PT fazia obstrução à proposta na CCJ, o que inviabilizava o andamento da PEC na Casa.

O peemedebista submeteu a admissibilidade - primeiro passo regimental que a matéria precisa cumprir no Legislativo - ao plenário.

Sua decisão foi fortemente criticada por petistas, que rechaçam, por exemplo, o sistema de financiamento proposto na PEC: um mecanismo pelo qual os partidos decidem se suas campanhas serão custeadas exclusivamente com recursos públicos, privados ou por uma solução mista.

O PT prega o fim de doações empresariais.

CPIs

Cunha deve analisar na quinta-feira, 5, os quatro requerimentos de instalação das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) na Casa.

Segundo relatos, o presidente já sinalizou que vai autorizar a criação da CPI da Petrobras, mas quer decidir primeiro sobre as duas primeiras protocoladas: a comissão que pede a investigação de pesquisas eleitorais desde 2000 e outra sobre planos de saúde.

O peemedebista tem dúvidas se os dois primeiros requerimentos de CPI têm efetivamente um fato determinado, como exige o regimento interno.

Ele já concluiu que o requerimento da CPI da Petrobras cumpriu todos os critérios para sua instalação.

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