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Cunha apanha; Temer: PEC pode mudar…

Dilminha paz e amor Em entrevista à Rádio Guaíba, a ex-presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira não ter ódio de Michel Temer pela sua postura durante o processo de impeachment. Não guarda ódio, mas não deixou de alfinetar. “Não tive ódio de torturador, por que eu vou ter ódio de traidor?”, afirmou a petista, em […]

TEMER E DILMA: “Não tive ódio de torturador, por que eu vou ter ódio de traidor?”, disse a ex-presidente / Lula Marques/Agência PT

TEMER E DILMA: “Não tive ódio de torturador, por que eu vou ter ódio de traidor?”, disse a ex-presidente / Lula Marques/Agência PT

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2016 às 19h01.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h05.

Dilminha paz e amor

Em entrevista à Rádio Guaíba, a ex-presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira não ter ódio de Michel Temer pela sua postura durante o processo de impeachment. Não guarda ódio, mas não deixou de alfinetar. “Não tive ódio de torturador, por que eu vou ter ódio de traidor?”, afirmou a petista, em referência às torturas sofridas por ela durante a ditadura militar. Dilma disse ainda ser uma vítima da articulação para o impedimento, para que Operação Lava-Jato não chegue aos aliados de Temer e para aprovar leis que são “ultra contra” os interesses da classe trabalhadora, como a PEC do teto de gastos e a reforma da Previdência propostas pelo governo.

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Enquanto isso…

Em uma sinalização de que está preocupado com os investimentos no país, Michel Temer disse nesta quinta que a PEC do teto pode ser revista em quatro ou cinco anos, caso o Brasil volte a crescer. “Você propõe uma nova emenda constitucional, que reduz o prazo de dez anos para quatro ou cinco, ou seja, o país não ficará engessado em função do teto”, disse o presidente. O peemedebista afirma ainda que a PEC determina um teto global de gastos, o que permite manejo do Orçamento federal de acordo com as necessidades de aportar recursos em saúde e educação quando necessário.

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Sem arrego

A Receita Federal suspendeu a isenção tributária concedida ao Instituto Lula em 2011. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União. Segundo auditores do órgão, há sobre o instituto a suspeita de desvio de finalidade, por operações que não poderiam ser realizadas por uma entidade sem fins lucrativos, como registros de pagamentos sem destinatário. O Instituto Lula terá que pagar multa e restituir o imposto devido, mas diz que vai recorrer da decisão.

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“Pega o Cunha, senhora”

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha foi hostilizado no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Ao aparecer no saguão, com suas malas de viagem, o ex-deputado ouviu de populares o grito de “ladrão” e derivados. Não bastasse, uma senhora correu atrás do peemedebista e tentou agredi-lo. A cena foi captada em vídeo, em que se ouve o cinegrafista dizer “Corre! Pega o Cunha, senhora!” Ao jornal O Estado de S. Paulo, Cunha afirmou que a mulher integra um grupo que se organizou para hostilizá-lo. “Encontrar petista é sempre um problema”, afirmou.

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Fundo eleitoral

Para tentar amenizar as dificuldades de financiamento de campanhas eleitorais, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deve propor a criação de um fundo eleitoral para captar e distribuir recursos para os partidos. Essa seria a opção para regular o financiamento sem doações empresariais. “Pior é o que a gente está vendo hoje, que beneficiários do Bolsa Família e pessoas mortas estão financiando campanhas”, disse a jornalistas. Outro ponto em debate é sobre o sistema de lista fechada, em que o partido define previamentes os candidatos elegíveis na coligação e o eleitor vota sem surpresas para sufrágios proporcionais. Os temas de reforma política deverão ser tratados em detalhes em uma comissão especial que a Câmara pretende instaurar na semana que vem.

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Operação Ápia

O ex-governador do Tocantins Sandoval Cardoso (SD) foi preso nesta quinta-feira na Operação Ápia, da Polícia Federal. A investigação desarticulou uma quadrilha suspeita de fraudar licitações e contratos de terraplanagem e pavimentação em rodovias do estado, para lucro dos envolvidos e obras não realizadas. Os desvios, segundo a PF, chegam a 200 milhões de reais. Outro ex-governador, Siqueira Campos (S/ Partido) foi levado a depor. Foram 113 mandados judiciais cumpridos, cujos alvos se estendem à Secretaria de Infraestrutura de Tocantins, às empresas Vídeo BG e Barra Grande Construtora.

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