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Cumbica cobra R$ 800 por sala vip com spa e bistrô

O presidente da GRU, Antonio Miguel Marques, explicou que o conceito é inspirado em salas de aeroportos asiáticos, como as existentes em Cingapura e na China


	Aeroporto de Guarulhos: a ideia é que a Villa GRU atraia todo tipo de passageiro
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Aeroporto de Guarulhos: a ideia é que a Villa GRU atraia todo tipo de passageiro (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2014 às 09h44.

São Paulo - Sala vip no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, não é mais exclusividade para clientes de cartão de crédito ou de primeira classe. Desde ontem, passageiros de voos nacionais e internacionais que quiserem aproveitar todas as regalias de um espaço exclusivo podem se tornar "very important people", desde que desembolsem R$ 800.

Apesar do valor, a ideia é que a Villa GRU, sala VIP idealizada pela concessionária que administra o aeroporto internacional, atraia todo tipo de passageiro. "Esperamos que nos procurem não só os que viajam de classe executiva ou primeira classe, mas também aqueles que usam a classe econômica e querem ser bem recebidos, com um atendimento personalizado antes do embarque ou depois de desembarcar", afirma o diretor comercial do aeroporto, Fernando Sellos.

Voltado para brasileiros que vão embarcar, desembarcar ou fazer conexão, o espaço tem spa com massagista, manicure, ducha, salas de reuniões, área de trabalho com computadores, Wi-Fi e um bistrô com bufê de comidas quentes e frias ou opções à la carte - tudo incluído no preço. Para quem viaja com crianças, há um espaço infantil com brinquedos, livros e televisão. O uso do espaço é condicionado a uma reserva, que deve ser feita por e-mail ou por telefone um dia antes.

"Nosso grande diferencial é a quantidade de serviços agregados. Se for o caso, nós pegamos o passageiro em casa e o trazemos para cá. Se for um homem e uma mulher recém-casados, podemos abrir um champanhe quando eles chegarem. E até receber alguém com um buquê de flores", disse.

Enquanto as outras salas que existem no aeroporto não têm limites na acomodação, a Villa GRU tem uma capacidade que os diretores consideram ideal: de apenas 20 pessoas ao mesmo tempo. Ou 30 m² por pessoa. "As outras salas são consideradas medianas porque estão cheias", afirma Sellos. "O agendamento prévio vai permitir que organizemos o espaço."

O presidente da GRU, Antonio Miguel Marques, explicou que o conceito é inspirado em salas de aeroportos asiáticos, como as existentes em Cingapura e na China. "O preço que vamos aplicar está de acordo com o cobrado nesses locais", disse. Os hotéis de alto padrão próximos do aeroporto cobram a partir de R$ 550 a diária.


O atendimento personalizado da Villa GRU começa em um espaço de recepção na área externa do embarque do Terminal 2. Ali, o passageiro ingressa e deixa o check-in e o despacho de bagagem nas mãos dos funcionários. Se for voo internacional, ele é conduzido a um outro ambiente, de 600 m², localizado na área internacional do Terminal 1 e com vista para o pátio de aeronaves.

Para Marques, é importante investir em salas vip porque o passageiro leva esse tipo de equipamento em conta na hora de escolher o aeroporto em que vai decolar ou pousar. A arquiteta Zize Zink, de 44 anos, que costuma viajar para o exterior com frequência, não gosta das opções que aeroporto internacional oferece. "Aqui em Guarulhos, a (sala) da MasterCard Black é a melhor. Mas, em geral, elas são muito ruins, sempre superlotadas e parecem velhas, mesmo as reformadas ", disse.

Zize tem as suas salas preferidas no mundo: "As da Lufthansa e as da British Airways são sempre boas. Mas a da Turkish Airlines, em Istambul, é disparada a melhor. Você pode passar o dia todo só com a passagem", diz ela, que sempre viaja de classe executiva "pelo conforto e para esticar as pernas". A arquiteta não concorda com o sistema adotado pela GRU de cobrar pelo uso da Villa. "Pagar R$ 800 mais a passagem executiva? De jeito nenhum", afirmou. Segundo ela, seria vantajoso se houvesse uma parceria com as empresas aéreas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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