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Cultivo de ostras em SC é proibido devido a toxina paralisante

Toxina paralisante pode causar vômitos, diarreia, perda de sensibilidade e, em casos extremos, levar à morte por falência respiratória

Ostras (iStock/Thinkstock)

Ostras (iStock/Thinkstock)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 19 de outubro de 2017 às 17h32.

Última atualização em 19 de outubro de 2017 às 17h41.

São Paulo - A produção de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões está interditada em todo o litoral de Santa Catarina, segundo anúncio da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca.

A retirada, comercialização e consumo dos animais e seus derivados está proibida, inclusive em costões e beira de praia.

Segundo a secretaria, a medida foi necessária porque exames laboratoriais detectaram a presença de toxina paralisante (PSP) em cultivos da Ilha João da Cunha, na cidade de Porto Belo.

Essas toxinas podem causar diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais, perda de sensibilidade da nas extremidades corpo e, em casos severos, paralisia generalizada e morte por falência respiratória. Os sintomas podem começar aparecer imediatamente ao consumo dos moluscos contaminados.

As toxinas não desaparecem se os alimentos forem cozidos ou processados. Todos os moluscos filtradores estão sujeitos a carregar a toxina. Na água do mar, no entanto, ela não apresenta riscos aos seres humanos.

Segundo Luis Proença, do laboratório Laqua-Itajaí/IFSC, algumas espécies de microalgas (o principal alimento dos moluscos) produzem esse tipo de toxina.

Em condições favoráveis (para elas), o volume dessas microalgas aumenta, e aumenta também a concentração dela nos moluscos bivalves (ostras e mexilhões).

Proença explica que a presença de PSP em moluscos no litoral de Santa Catarina é relativamente rara.

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