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Cubana não demonstrou insatisfação, diz secretário

Secretário de Saúde de Pacajá e ex-chefe de Ramona Matos Rodrigues disse que a médica cubana não fez qualquer queixa antes de deixar a cidade rumo a Brasília

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 15h04.

São Paulo - O secretário de Saúde de Pacajá e ex-chefe de Ramona Matos Rodrigues, Ronaldo Santos Júnior, disse que a médica cubana não fez qualquer queixa antes de deixar a cidade rumo a Brasília, onde se abrigou na liderança do DEM na Câmara dos Deputados.

Segundo Ronaldo, ela não deu sinais de insatisfação nem em relação a salário ou sobre condições de trabalho.

Perguntado se ele acredita que Ramona sabia das condições salariais com relação a médicos de outras nacionalidades, Ronaldo não quis responder especificamente sobre a profissional que desertou, mas disse acreditar que os cubanos sabiam de como funcionava a questão salarial quando chegaram.

"Nenhum deles nunca reclamou. Eu acredito que eles sabiam quando vieram", comentou.

O secretário elogiou o comportamento da médica enquanto ela trabalhou em Pacajá, a classificou como "excelente profissional", disse que era amistosa com a comunidade e querida pelos pacientes. Perguntado o porquê de Ramona ter deixado a cidade sem falar com ninguém, ele não soube responder: "não sei, acho que são questões pessoais dela".

Ronaldo conta que foi informado por outros médicos, na última segunda-feira, 03, que Ramona havia deixado a cidade no sábado anterior dizendo que iria a uma fazenda. Esta fazenda seria de uma paciente e ficaria a 90 quilômetros de Pacajá. Preocupado por Ramona não ter voltado, a prefeitura registrou boletim de ocorrência na terça-feira, 04, horas antes de a médica aparecer na Câmara.

Ramona foi apresentada à imprensa pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) na noite da mesma terça-feira. Ela disse que decidiu abandonar Pacajá depois de descobrir que os médicos de outras nacionalidades ganhavam R$ 10 mil reais.

No contrato apresentado por Ramona, constam o pagamento de ajuda de custo, um salário de US$ 400 para a profissional aqui no Brasil, além de US$ 600 depositados em Cuba. A diferença entre os US$ 1000 e os R$ 10 mil ficariam com o governo de Cuba.

A médica cubana que vai substituir Ramona chega nesta sexta-feira a Pacajá. Ela se juntará a outros cinco compatriotas que estão na cidade.

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