Brasil

Centro de Treinamento do Flamengo não estava regular junto aos Bombeiros

A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros Militares do Rio de Janeiro, que ressaltou, contudo, que isso não significa que o CT não fosse seguro

Flamengo: incêndio deixou ao menos dez mortos e três feridos (Ricardo Moraes/Reuters)

Flamengo: incêndio deixou ao menos dez mortos e três feridos (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 13h39.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2019 às 13h40.

Rio de Janeiro — O CT do Flamengo que foi atingido por um incêndio que matou dez pessoas e deixou três feridos não estava com a documentação regularizada junto ao Corpo de Bombeiros.

Segundo a corporação, o local não possuía o Certificado de Aprovação (CA), documento que atesta que a instalação está de acordo com a legislação vigente no que diz respeito a dispositivos contra incêndio.

A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros Militares do Rio de Janeiro (CBMERJ), que ressaltou, contudo, que isso não significa que o CT não fosse seguro.

"Importante esclarecer que a não existência do CA não significa, por si só, que o local não possuía os dispositivos, e sim que não era aprovado pelo CBMERJ", ressaltou a corporação.

Os bombeiros informaram ainda que o CA "não se trata de alvará de funcionamento (documento exigido para estabelecimentos comerciais) ou habite-se (para imóveis residenciais).

Estes documentos são emitidos pela Prefeitura [do Rio de Janeiro]", mas que o documento faz parte de um processo de legalização de edificações que envolve outros órgãos.

De acordo com suspeitas iniciais, cogitadas por jogadores e até pelo vice-governador Cláudio Bomfim de Castro e Silva, a explosão de um aparelho de ar-condicionado teria sido a causa do incêndio.

Ele afirmou, no entanto, que ainda é cedo para dizer se houve um problema no aparelho ou na corrente elétrica. Técnicos da Light estavam esta manhã no local para assessorar a perícia.

Castro confirmou que quatro dos dez corpos já foram retirados do centro. Ele informou que uma força tarefa de funcionários do Instituto Médico Legal (IML) está a postos para receber os corpos e fazer o trabalho de identificação.

O teste de DNA deverá ser usado já que os corpos estão muito carbonizados.

O vice-governador informou que, em princípio, os mortos são atletas do time de base do Flamengo, mas que poderia haver funcionários entre as vítimas.

Acompanhe tudo sobre:BombeirosFlamengoIncêndiosMortes

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 23 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP