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Crivella diz que não aceita apoio do PMDB "do Rio"

"Nesse momento, com os quadros do PMDB no Rio, acho que não (vou conversar com o partido)", disse


	Crivella: desde o início da campanha, Crivella criticou o PMDB do atual prefeito, Eduardo Paes, e do candidato Pedro Paulo
 (Reprodução / Facebook)

Crivella: desde o início da campanha, Crivella criticou o PMDB do atual prefeito, Eduardo Paes, e do candidato Pedro Paulo (Reprodução / Facebook)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2016 às 21h03.

São Paulo - Após ficar em primeiro na eleição para prefeito do Rio de Janeiro no primeiro turno, com cerca de 27,5% dos votos, o candidato do PRB ao cargo, Marcelo Crivella, reafirmou que não quer o apoio do PMDB "do Rio de Janeiro":

"Nesse momento, com os quadros do PMDB no Rio, acho que não (vou conversar com o partido)", disse, em entrevista coletiva concedida na noite deste domingo (2), em um hotel na Barra da Tijuca (zona oeste).

Desde o início da campanha, Crivella criticou o PMDB do atual prefeito, Eduardo Paes, e do candidato Pedro Paulo, que ficou em terceiro lugar com 16% dos votos.

O candidato do PRB vai enfrentar Marcelo Freixo, do PSOL, que conquistou a vaga para o segundo turno com 18,4% dos votos.

"O PMDB mostrou que precisa reciclar, que não é possível continuar com essas práticas políticas. E isso não sou eu quem digo, são os eleitores. As pessoas estavam desalentadas com as atitudes do prefeito e os sucessivos escândalos do partido. O PMDB deixar de ir para o segundo turno é uma coisa redentora, algo extraordinária, que não se esperava", afirmou.

"Não conversei (com o PMDB) nem tenho a intenção, mas vou conversar com todas as outras forças políticas. Quero conversar com todas as forças que pensam como eu", disse Crivella.

Em seguida, o candidato redirecionou as críticas: "Me referia a segmentos do PMDB, não é o partido como um todo. Paulo Duque, por exemplo, é do PMDB e votou em mim".

Questionado novamente pela imprensa, ele reiterou: "Se os eleitores de Pedro Paulo quiserem apoiar nosso projeto, serão muito bem recebidos. Eu não rejeito voto de nenhum eleitor. Agora, não farei acordos sobre cargos ou posições no governo".

Crivella também voltou a repetir que a Igreja Universal do Reino de Deus, que ele integra, não vai interferir em seu governo.

"Quero fazer mais uma vez uma declaração categórica: não haverá nenhuma influência de minha igreja e nem de qualquer outra. Vou repetir três vezes: o Estado é laico, o Estado é laico, o Estado é laico. Se eu digo uma vez, parece que não entendem, então repito três".

Crivella afirmou que o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) não vai participar de sua campanha no segundo turno: "Garotinho foi governador, está em Campos, tem outras prioridades, não tem sentido nenhum ele participar".

O candidato do PRB relevou o índice de rejeição que tem.

"Minha rejeição é porque 99% dos eleitores me conhecem. Quanto mais gente nos conhece, maior o índice de rejeição. E minha rejeição é de quem nunca conversou comigo, não sabe como eu sou. É diferente da rejeição do Pedro Paulo, que tinha outras causas, era a rejeição ao PMDB. Tenho certeza que vamos superar isso".

Sobre o adversário no segundo turno, Crivella comemorou a vantagem de quase dez pontos sobre Freixo no primeiro turno e previu uma campanha "de alto nível".

"O debate com Freixo será completamente diferente. Nós conversamos muito no primeiro turno, tínhamos uma mesma visão, de que era importante o PMDB não estar no segundo turno", afirmou.

Crivella afirmou que nesta segunda-feira (3) terá reuniões durante o dia e depois viajará para Brasília, onde vai reassumir a vaga de senador, da qual esteve licenciado por quatro meses para fazer campanha no Rio.

Questionado sobre com quem serão as reuniões, ele brincou, citando uma música: "Nem as paredes confessam".

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