Crivella: "não serei o missionário que era na África, não estarei na igreja. As pessoas não votaram em mim para isso", afirmou Crivella
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de outubro de 2016 às 16h00.
Rio - O prefeito eleito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), disse em sua primeira entrevista a um canal de televisão depois da eleição de domingo, 30, que irá governar "para todos" e buscou se descolar da imagem de bispo da Igreja Universal do Reino de Deus.
"Não serei o missionário que era na África, não estarei na igreja. As pessoas não votaram em mim para isso", afirmou Crivella ao "SBT Rio", telejornal local do SBT.
Crivella prometeu mais verbas para a saúde e a educação e também o reforço de mecanismos de defesa de minorias, como a Coordenadoria da Diversidade Sexual.
"Serei um inconformado com qualquer tipo de violência contra minorias. Quero reforçar a área de combate à intolerância religiosa e de defesa dos direitos das minorias", disse.
O novo prefeito carioca disse que, na área da saúde, serão injetados mais R$ 250 milhões que, na gestão atual, de Eduardo Paes (PMDB), foram alocados para obras relacionadas aos Jogos Olímpicos, realizados em agosto.
Crivella prometeu ainda reduzir o número de secretarias municipais de 35 "para menos da metade". Ele também anunciou que não pretende aparelhar a Guarda Municipal com armas de fogo, apenas armas não letais.
O prefeito eleito também minimizou a elevada abstenção, que foi de 26,85% do eleitorado, e a quantidade de votos nulos e em branco, que somaram 20,08% dos votos registrados.
"Isso é histórico no Rio. A rejeição foi um pouco maior não só a mim ou ao meu adversário, mas a toda a política", disse Crivella.