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Crise política afeta imagem da Olimpíada, diz ministro

“Felizmente a crise política e econômica não atrapalhou em nada a organização dos Jogos...passamos ilesos à entrega e operação”, afirmou


	Olimpíadas 2016: o ministro admitiu que, das obras olímpicas, o velódromo é a mais atrasada e preocupante
 (Agência Brasil / Marcelo Camargo)

Olimpíadas 2016: o ministro admitiu que, das obras olímpicas, o velódromo é a mais atrasada e preocupante (Agência Brasil / Marcelo Camargo)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2016 às 15h58.

Rio de Janeiro - A crise política no país tem dificultado a divulgação da imagem positiva dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro no Brasil e no exterior, embora não tenha afetado o cronograma de obras, disse nesta quinta-feira o ministro do Esporte, Ricardo Leyser.

“Felizmente a crise política e econômica não atrapalhou em nada a organização dos Jogos...passamos ilesos à entrega e operação”, afirmou ele após participar da cerimônia de entrega da Marina da Glória, local que será utilizado por velejadores que participarão dos Jogos de agosto.

“O que eu acho que a crise política atrapalha um pouco é a dificuldade de a gente mostrar para o Brasil e para o mundo o sucesso do projeto olímpico, que estamos entregando com muita antecedência, com muita participação privada e muita qualidade, sem denúncias e problemas, mas infelizmente, não conseguimos mostrar nesse momento conturbado politicamente um grande caso de sucesso”, acrescentou.

O ministro admitiu que, das obras olímpicas, o velódromo é a mais atrasada e preocupante, mas reforçou a certeza de que ficará pronta a tempo dos Jogos.

Leyser assumiu o Ministério do Esporte de forma interina no lugar de George Hilton, em 30 de março, após uma crise na base governista em meio a um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

“Quem tem mandato é quem é eleito como a presidente Dilma, que tem mandato até 2018. Nós, ministros e secretários, somos assessores e o que posso dizer é que se ficar uma semana no ministério, vou trabalhar por um mês e se ficar um mês vou trabalhar por 3 meses”, declarou ele.

O ministro, que é do PCdoB, acrescentou que a crise no país não deve afetar a venda de ingressos para os Jogos, mesmo com menos de 4 milhões vendidos até agora de um total de cerca de 7,5 milhões de bilhetes.

Ele defendeu uma melhor política de divulgação de venda dos ingressos.

“Acho que a população precisa ser mais alertada sobre as oportunidades dos Jogos. Às vezes as informações são contraditórias porque acabaram ingressos, mas esses são os mais difíceis. E há outros ingressos com oportunidade de compra”, afirmou.

“O brasileiro está acostumado com paradesporto mas não está acostumado a acompanhar ao vivo.“

Uma das alternativas para fomentar os Jogos Paralímpicos, segundo o ministro, é o governo comprar alguns bilhetes para levar crianças e jovens para o evento, a exemplo do que foi feito no Parapan de 2007, no Rio.

A venda de ingressos para a Paralimpíada tem ficado bem abaixo das expectativas dos organizadores.

Baía de Guanabara

A Baía de Guanabara, alvo de críticas de atletas e federações por conta do nível de poluição mas que foi mantida como sede das provas de vela, voltou a ser tema de debate no momento em que a Marina da Glória foi entregue pelas autoridades.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou nesta quinta-feira que uma obra para conter o despejo de esgoto na Marina da Glória será concluída neste mês pela Companhia Estadual de Água e Esgoto.

"Para as Olimpíadas não há preocupação até porque os Jogos serão realizados num período de pouca chuva. A poluição da Baía é um problema não só para cidade, mas para toda a região que ela abrange. Cabe ao governo do Estado cuidar disso e nós já demos a nossa colaboração”, disse Paes.

O governo do Estado havia se comprometido em tratar 80 por cento do esgoto lançado na Baía de Guanabara, mas a meta não será atingida e, atualmente, está em cerca de 49 por cento.

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